A Delegacia de Homicídios (DH) deve analisar, esta semana, se um homicídio ocorrido no São Braz, na noite de sábado, e uma tentativa de assassinato acontecida no Campo Comprido, horas depois, têm ligações. Do primeiro crime, a polícia pouco sabe, por causa de uma confusão entre delegacias que atenderam o caso. Já do segundo, a vítima escapou dos tiros e segue internada, sem gravidade.
Sandro Santos Kremer, 34 anos, foi assassinado com 14 tiros na Rua Araúna, no São Bras, por volta das 22h30 de sábado. Ele seria morador na Rua Lindolfo Pessoa, no Seminário. O assassinato foi testemunhado por sua namorada. No restante, a polícia não sabe o que houve. Estas são as únicas informações que a DH possui sobre a morte, porque quando seus investigadores chegaram no local, souberam que o Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), já estaria atendendo o caso. O Ciac teria emitido a guia de necropsia – necessária para liberação do corpo no Instituto Médico-Legal – a um tio de Sandro, contrariando a orientação de que a guia só pode ser emitida a parentes de 1.º grau. Devido à confusão, algumas informações necessárias ao início das investigações deixaram de ser coletadas.
Atentado
Cerca de três horas e meia depois, Luiz Carlos de Gois Moreira, 42, foi ferido por tiros no Campo Comprido. Ele andava pela Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, acompanhado de um amigo, quando foram surpreendidos por tiros. Luiz Carlos tentou pular um muro, para se proteger, e foi atingido por um disparo. Foi socorrido e levado ao Hospital Evangélico. Seu amigo escapou ileso.
Ele alegou que não sabe o motivo dos tiros. O Kadett branco placa AGH-6576, que estava estacionado perto de onde ocorreu o atentado, foi recolhido para perícia porque estava crivado de balas. O Kadett não possui alerta de furto ou roubo.
A suspeita de que há relação entre os dois crimes é porque Luiz, segundo declarou aos investigadores, é morador da Rua Manoel Celestino Boaventura, no São Braz, bem próximo de onde ocorreu o assassinato de Sandro.