No início da tarde de ontem, Vânia Maria do Nascimento, 38 anos, foi executada com um tiro na cabeça, ao lado de uma ponte, no final da Rua Pedro Klass, na Vila Maria Antonieta, em Pinhais. Testemunhas contaram que dois indivíduos passaram pela vítima numa bicicleta e efetuaram os disparos.
Conhecidos de Vânia contaram que ela morava na região, com a mãe. “Acho que estava envolvida com drogas, mas não sei o motivo do crime”, disse Delcio, tio da mulher.
O soldado Filho, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, informou que Vânia já era conhecida na vila. “Já a abordamos algumas vezes, quase sempre estava alcoolizada e aparentava ter usado entorpecentes”, afirmou.
Madrugada
A quatro quadras de onde a mulher foi morta, na esquina da Rua Maysa Matarazzo com a Rua Augusto Trevisan, um homem foi assassinado com tiros na cabeça e no peito, na madrugada de ontem.
No bolso de sua roupa, foi encontrado um cartão de seguro social em nome de Pedro Clair Florão, 47 anos, mas até o final da tarde, o corpo não havia sido liberado no Instituto Médico-Legal.
O delegado Fábio Amaro disse que aguarda a identificação oficial da vítima para seguir com as investigações. “Comparando os rostos dos dois, o que morreu parece ser bem mais novo”, comentou o delegado. Segundo ele, não houve testemunhas.
Medo
Assustados com a violência, moradores da Vila Maria Antonieta protestaram contra a falta de segurança. “Estão matando as pessoas a plena luz do dia. Não podemos nem sair para comprar pão, que corremos risco de ser baleados”, revoltou-se o morador João de Melo. “Desde que desativaram o módulo da Polícia Militar que tinha aqui, a violência tomou conta e ficamos nas mãos dos bandidos”, disse outro vizinho.
Mas os crimes em Pinhais não estão concentrados apenas na Vila Maria Antonieta. Desde o início do ano, 80 pessoas foram assassinadas no município, média de um a cada três dias.