Horas depois de sair de sua residência, no Pilarzinho, acompanhado de dois indivíduos, Lucas Ângelo Menolli, 24 anos, foi encontrado morto com quatro tiros no rosto, no banco traseiro de seu carro, no bairro Tanguá, em Almirante Tamandaré, na manhã de ontem. O Mercedes-Benz Classe A, placa AJZ-2857, estava estacionado na Rua José Kleina, ao lado de um matagal.
A delegacia local levantou que Lucas trabalhava para um traficante e queria assumir o ponto sozinho. Por esse motivo, foi morto pelo “patrão” ou a mando dele. Contra Lucas a delegacia também tinha em aberto um mandado de prisão por tráfico de drogas. Ele também era investigado por homicídios.
Carro
Moradores comentaram que viram o carro parado, com os faróis acessos, por volta das 22h de quarta-feira. Na manhã de ontem, repararam que o vidro do motorista estava quebrado. “Eles encontraram o jovem morto no banco traseiro”, disse o sargento Reinoldo, do 17.º Batalhão da Polícia Militar.
Lucas levou três tiros no queixo e um na testa. A perita Clélia, do Instituto de Criminalística, acredita que ele estava no banco do passageiro, quando foi executado, e foi jogado para trás.
“Tinha muito sangue no banco da frente”, afirmou. É possível que alguém tenha atirado pelo lado de fora do carro. Próximo ao corpo, dois estojos de pistola 380 foram recolhidos pela polícia.
“Bocas”
Lucas era casado e trabalhava em uma locadora de filmes no Pilarzinho, próximo de onde morava. “Há cerca de 20 denúncias contra ele, com informações que alimentava ‘bocas’ do Pilarzinho”, afirmou um policial militar, que prefere não se identificar.
Lucas também seria suspeito de participação em alguns homicídios na região, entre eles o do tatuador Ado Jesuíno Padilha Stefanes, 36, na Rua Alberto Krause, também em Almirante Tamandaré, em 29 de dezembro. Ado teria sido morto por causa de um desentendimento com traficantes.