“Eu sou inocente. Não matei ninguém!!!”, gritava Guilherme Althoff Rodrigues, 23 anos, o “Loucura” ou “Lokura”, ao ser apresentado na manhã de ontem na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).
Ele foi preso na tarde de quinta-feira durante operação no Umbará, suspeito do latrocínio que vitimou Juliano da Silva Kogi, 24, morto em novembro de 2008 no Campina do Siqueira.
Ao ser apresentado à imprensa, Guilherme escondia o rosto com as mãos implorando aos prantos para que não o fotografassem ou filmassem. Depois, começou a “bater boca” com o delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular da DFR, e resolveu mudar de atitude, fazendo jus ao apelido.
Juliano ficou furioso e gritou para os repórteres e câmeras de televisão, fazendo um apelo. “Eu nunca peguei uma arma. Tenho prova de que não fui eu, mas ninguém nunca me escuta. Eu quero que falem que é o verdadeiro “Loucura” que fez isso”, intimou o preso, gritando e chorando sem parar, o que chamou a atenção de todos que trabalhavam na delegacia.
Quando um repórter o questionou sobre quem teria matado Juliano, Guilherme respondeu: “Foi você que matou ele”, além de apontar para o delegado, que também foi chamado de assassino. Antes que o clima ficasse mais tenso, Guilherme foi reconduzido à carceragem da DFR.
Crime
Juliano passeava com uma amiga, na noite de 15 de novembro, quando foi surpreendido por dois homens que lhe deram voz de assalto. A vítima teria se recusado a entregar o celular e correu. Guilherme foi baleado na nuca e morreu no local. Os assaltantes fugiram levando o celular de Juliano, o que caracterizou o latrocínio.
O delegado explicou que durante as investigações, os policiais conseguiram levantar a identidade dos suspeitos. A Justiça expediu os mandados de prisão preventiva e, em maio do ano passado, Giovani Faciocchi Oliveira, 20, foi preso em flagrante em Guaíra, Oeste do Estado. Segundo a polícia, ele permanece preso na cadeia de Terra Roxa.
Na tarde de quinta-feira, a DFR realizou uma operação no Umbará e localizou Guilherme em uma residência. Na delegacia, ele foi reconhecido como autor do disparo pela jovem que acompanhava Juliano na noite do crime.