O diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Maurício Kuehne, esteve ontem na penitenciária de Catanduvas para apurar as denúncias apontadas num relatório supostamente de autoria da Polícia Federal, que apontaria atritos entre agentes penitenciários e a direção do presídio. O documento também denunciava liderança assumida pelo traficante Fernandinho Beira-mar sobre outros presos e o mau funcionamento de equipamentos de segurança do presídio.
Kuehne permaneceu na penitenciária durante cerca de uma hora. Em seguida, foi a Foz do Iguaçu, onde tomou um vôo para Brasília. Segundo o diretor do presídio, o delegado aposentado Ronaldo Urbano, a visita foi uma solicitação do Ministério da Justiça. ?Ele esteve aqui para esclarecer a situação relatada na imprensa sobre os procedimentos da penitenciária?, disse Urbano.
Segundo Urbano, Kuehne teria desmentido a tensão vivida dentro do presídio. ?Ele mostrou os procedimentos da penitenciária e disse que não existe caos, liderança de presos ou qualquer crise entre funcionários e a direção. Todos esses casos que foram colocados já estão sendo resolvidos?, garante o delegado. Ele admite, no entanto, que ainda existem pendências a serem tratadas no sistema de segurança. ?Temos pendências ainda com microfones, mas é uma questão de ajustes técnicos. As câmeras estão todas funcionando e os celulares têm entrada e uso proibidos.?
