Apesar do aumento em nível nacional, o furto de cabos elétricos e telefônicos está diminuindo no Paraná. Dados coletados em São Paulo, pelo Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais (Sindicel), mostram que a quantidade desviada no primeiro semestre de 2007 foi 9% maior do que no mesmo período do ano passado.

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De acordo com o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Francisco Caricati, a incidência desse tipo de ocorrência caiu, no Paraná, no mesmo período, cerca de 50%. ?Um dos ?termômetros? para esse tipo de crime é a cotação do preço dos metais no mercado internacional. Quanto mais eles valem, mais as pessoas roubam?, disse.

Segundo ele, a ação da polícia é outro fator que refreou o aumento do furto de cabos. Do início do ano até agora, o Cope investigou mais de 100 estabelecimentos que lidam com sucata em todas as regiões do ?Estado. Destes, 15 foram autuados por receptação de mercadorias roubadas. ?Pelo  fato de o dono do sucateiro ser comerciante, ele tem a pena agravada. Isso porque tem o discernimento para saber quando um produto é roubado e quando é de segunda mão. Até mesmo pelo valor que ele adquire o metal?, afirmou.

Nas concessionárias de energia e telefonia, principais afetadas pelo crime, a redução também foi sentida. Dados da Brasil Telecom registraram o furto de 40 quilômetros de cabos telefônicos no primeiro semestre deste ano, uma redução de 55% com relação ao mesmo período de 2006. Já a Companhia Paranaense de Energia (Copel) teve que repor 48,4 quilômetros de fiação elétrica roubada. Os dados mês a mês da concessionária mostram uma redução de 15 quilômetros roubados em janeiro para apenas 5 quilômetros em maio deste ano.

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