Seminua e com sinais de violência sexual, a diarista Celeste Maciel dos Santos, 35 anos, foi encontrada morta num matagal da Rua Francisco Baggio, na Planta Embrapa, em Colombo. Celeste havia desaparecido no início da noite de domingo, e foi encontrada por volta das 16h40 de ontem por familiares e policiais militares que realizavam buscas na região.
De acordo com Romano, irmão de Celeste, ela havia almoçado na casa dele, na Vila Zumbi, no domingo, e, na metade da tarde, foi visitar outro irmão, na mesma vila. ?Ela estava feliz, e até a convidamos para pousar lá em casa, mas ela não quis?, disse a cunhada da vítima. Ao sair da casa do segundo irmão, por volta das 19h, pegou dois ônibus e ainda teria que caminhar por mais de um quilômetro numa rua rodeada de mato, até sua casa, uma chácara na Rua Pedro Baggio, próximo de onde foi morta. Mesmo sabendo que a área é perigosa, Celeste era acostumada a seguir sozinha por aquele caminho.
Marcelino, esposo de Celeste, disse que aguardou a chegada dela por toda a noite. De manhã, preocupado com o sumiço, ligou para seus familiares e contou o ocorrido. Desde as 8h30 da manhã, os parentes começaram a procurá-la por diversos lugares, inclusive em hospitais, delegacias e no Instituto Médico-Legal (IML).
Documentos
Ao seguir os prováveis caminhos percorridos por Celeste, encontraram os documentos dela jogados no mato, à beira da Rua Francisco Baggio. Numa busca dentro do matagal, a cerca de 200 metros da rua, o soldado Henrique, do 17.º Batalhão da PM, encontrou o corpo.
Os policiais acreditam que, pela posição e maneira como a diarista foi encontrada, há a possibilidade de ter ocorrido violência sexual. Celeste tinha um ferimento na cabeça, porém, não foi possível precisar se foi causado por um tiro ou paulada.
O caso deve ser investigado pela delegacia do Alto Maracanã. Exames complementares no IML devem confirmar se Celeste foi realmente violentada, com que objeto foi ferida e se foi esse ferimento que causou sua morte.
Os familiares relataram que Celeste não possuía inimigos, e que não há notícias de que alguém a estivesse procurando ou perseguindo nos últimos tempos.