DH promete novas operações contra o tráfico

Policiais da Delegacia de Homicídios passaram a madrugada ouvindo depoimentos e esclarecimentos das 15 pessoas que foram detidas para averiguação, durante a tarde de quinta-feira, quando foi realizada a operação “Segurança não tem idade” na Vila das Torres. Das detenções preventivas, duas pessoas permaneceram recolhidas e alguns termos circunstanciados foram lavrados. De acordo com o delegado titular da DH, Stélio Machado, ficaram presos para cumprimento de mandado de prisão Maria Lair Andrade Cândido, que responde por receptação, e Davi Renato Schneider, por porte ilegal de arma.

A mesma operação, de acordo com o delegado, irá se repetir nos próximos dias, em outras favelas de Curitiba e também bairros onde o tráfico de drogas é grande. “Vamos agir com rigor. Nosso próximo alvo será na Cidade Industrial”, assegurou o policial, que recentemente também comandou ações contra traficantes no Cajuru e adjacências, com bons resultados. A maioria dos crimes de homicídio está diretamente ligada ao comércio e uso de drogas.

Crianças

A operação realizada na quinta-feira, que contou com a participação de várias delegacias especializadas da Polícia Civil (Homicídios, Furtos e Roubos, Centro de Operações Policiais Especias – Cope – e da Divisão de Narcóticos) tinha como objetivo principal identificar e prender indivíduos que estão recrutando crianças para a prática de crime. Uma prova de que esse delito está acontecendo na Vila das Torres foi obtida pela polícia durante a blitz. Uma menina, que havia sido baleada recentemente por traficantes, provavelmente devido ao trabalho de “mula”, foi localizada pelos policiais e encaminhada ao Conselho Tutelar. A mãe dela havia sido detida horas antes, por policiais da Dinarc, por tráfico de entorpecente.

Baleadas

Na madrugada da última terça-feira, duas crianças, de 4 e 11 anos, foram baleadas devido a um acerto de contas entre traficantes da Vila das Torres. As crianças eram o alvo do tiroteio que ocorreu na casa situada na Rua Dorival Almir Zagonel. O garoto de 11 anos foi baleado na perna e teve o fêmur fraturado enquanto a menina foi ferida de raspão.

As investigações realizadas pela polícia apontam que duas gangues rivais estão brigando pelo controle de vendas de pontos de droga na vila e começaram a recrutar crianças e adolescentes para auxiliá-los na entrega de drogas e armas. Com relação ao tiroteio que feriu os menores, duas prisões foram realizadas através de mandados: Fábio Pereira de Souza, 21 anos, o “Pinóquio” e Everston Lima Santos, 20.

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