As investigações sobre a morte de Luiz Gustavo Pavoni Vanelli, 16 anos, no Largo da Ordem, em 26 de fevereiro, foram encerradas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (15). Dois envolvidos no crime estão presos.
Depois de encaminhar o inquérito ao Ministério Público, o delegado Jaime da Luz, adjunto da Delegacia de Homicídios, recebeu uma requisição para que integrantes dos dois grupos que brigaram no local no dia do crime fossem colocados frente a frente.
Quatro testemunhas estiveram na DH na segunda-feira e hoje confirmaram que Maurício Cunha Morais, 21 anos, segurou Luiz Gustavo para que Maick Leonardo Santos Yarchaxi, 19, desse a facada que tirou a vida do adolescente.
Outros dois amigos de Maurício e Maick, identificados como Izaac e Maurício Seixas, também foram reconhecidos como envolvidos na pancadaria que levou ao homicídio. Eles não foram indiciados, mas foram citados no inquérito e podem ser denunciados pelo Ministério Público.
O delegado devolveu o inquérito ao MP com roupas apreendidas e imagens dos reconhecimentos. A faca, que seria de um modelo samurai, foi procurada durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, mas não foi localizada até o momento.
O crime
Luiz Gustavo estava sentado com um grupo de aproximadamente dez amigos no Largo da Ordem, na noite de 26 de fevereiro, quando Maurício, Maick e mais 13 pessoas passaram. Entre elas estava uma garota, com quem os amigos de Luiz mexeram porque viram na internet um vídeo dela, seminua.
Os dois grupos discutiram e iniciaram uma pancadaria generalizada, que só acabou quando Luiz tombou morto. Na ocasião, testemunhas relataram que Maick cometeu o crime para ser aceito em um grupo skinhead, mas segundo Jaime da Luz, depois de ouvir várias pessoas, essa versão foi descartada.
A única pessoa que parecia com um skinhead nos dois grupos era Maurício Seixas, e ele só estava com os cabelos raspados porque havia deixado o exército há pouco tempo.