Foto: Átila Alberti/O Estado |
Com os bandidos foram apreendidos drogas e uma arma. continua após a publicidade |
Cinco pessoas acusadas de envolvimento com tráfico de drogas e de ter ligações com uma facção criminosa paulista foram presas por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Esteves André Martins Groetten, 20 anos, e Carlos Eduardo da Silva Ramos, 21, foram autuados por tráfico de drogas; e Dayane Andressa da Silva Fagundes, 19, Anderson Richieri Nicolau, 29, e Ângelo Silva Júnior, 23, por associação ao tráfico de drogas. Com o quinteto a polícia apreendeu mais de um quilo de crack, 30 gramas de cocaína e uma pistola calibre 765.
O delegado Rodrigo Brown de Oliveira, que comandou a operação, informou que a prisão é resultado de outros trabalhos realizados pelo Cope nos últimos dois meses. "Chegamos até eles através de informações prestadas em depoimentos de outros presos. Foi o ponto de partida", afirmou Rodrigo. De acordo com o policial, Jefferson Franck Spagnuol, 32, preso na semana passada sob a acusação de operar uma central telefônica clandestina, vender linhas de telefones celulares para presidiários de todo o País e intermediar teleconferências entre eles, teria passado informações. O delegado afirmou que há suspeitas que o quinteto esteja envolvido com Marcelo Claudino da Cruz, 27, apontado como integrante da quadrilha responsável pelos assassinatos de um servidor público e do filho de um agente penitenciário, e de um atentado frustado no Jardim Social, usando uma granada.
Prisões
Rodrigo contou que Esteves e Carlos Eduardo foram presos em uma casa no Alto Maracanã, em Colombo, na sexta-feira. Na residência foi apreendido um quilo de crack. Carlos Eduardo carregava 20 pedras da droga e Esteves portava a pistola. Após as prisões, Esteves levou os policiais até uma casa no Abranches, alugada na quinta-feira, para abrigar pessoas vindas de São de Paulo. Dentro da casa, estavam Dayane, Anderson e Ângelo. Na moradia foram achadas 30 pedras de crack e 30 gramas de cocaína.
"Esteves nos contou que foram os três que trouxeram grande quantidade de droga de São Paulo para repassar a traficantes de Curitiba. Ele comprou um quilo de crack por R$ 10 mil e pretendia revender por R$ 30 mil", disse o delegado. "A moça não tinha documentos e os dois rapazes podem estar usando documentos falsos. Estamos investigando e aguardando a perícia que deve constatar a veracidade ou não dos documentos", explicou.
Segundo o delegado, Carlos Eduardo tem passagens pela polícia por roubo e porte ilegal de arma. Esteves é foragido da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), tem dois mandados de prisão em vigor e responde por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma. "Os cinco presos têm conexão com uma facção criminosa e relação com as quadrilhas desmanteladas nos últimos meses", salientou o delegado, que preferiu não dizer com qual facção os detentos têm ligação.