A Polícia Florestal prendeu em flagrante, ontem pela manhã, Luiz Everton Ribeiro, 30 anos. Ele estava explorando o trabalho de três menores, entre 15 e 17 anos. Os adolescentes trabalhavam mais de 12 horas por dia em uma carvoaria, e recebiam um salário que não ultrapassava R$ 100 por mês.
A prisão aconteceu na residência de Ribeiro, em São José dos Pinhais. No local, a polícia encontrou mais de oitocentos sacos de carvão, que eqüivalem a duas toneladas. Segundo o tenente da Polícia Florestal, Rubens Maier dos Santos, além dos menores trabalharem sem equipamentos de proteção individual, Ribeiro não possuía licença ambiental para explorar o produto. “Como o carvão é um produto florestal, ele precisaria ter uma liberação do Instituto Ambiental do Paraná para funcionar”, explicou.
Outro agravante, segundo o policial, é que o carvão é altamente inflamável, e como ele armazenava uma grande quantidade na residência, poderia ter provocado um acidente. De acordo com o tenente, Ribeiro foi preso em flagrante e entregue na delegacia de São José do Pinhais. Ele será enquadrado na lei de crimes ambientais, bem como no Estatuto da Criança e Adolescente por exploração de trabalho infantil em condições subumanas, podendo pegar de um a quatro anos de prisão. O carvão apreendido foi recolhido ao batalhão e deverá ser repassado para entidades assistenciais.