Gilson e Valdenir negam as acusações. |
Tiros no Jardim Vargem Grande alertaram policiais militares do 17.º Batalhão que patrulhavam aquela área. Ao se dirigir ao local de onde vinham os estampidos, o cabo Anderson e o soldado Verri se depararam com uma motocicleta em fuga pela Rua Clóvis Beviláqua. Depois de perseguir o veículo por diversas ruas de Pinhais, às 20h30 de sexta-feira, eles detiveram Gilson Batista Degran, 21 anos, e Valdenir Luiz Monteiro, 27. Os dois são acusados de tentar assaltar um posto de gasolina e de atirar contra os policiais.
Os detidos contaram que abasteceram a moto no posto de gasolina da Rua Clovis Beviláqua, deram R$10,00, mas alguém de lá atirou contra eles. Houve revide e os dois fugiram. Segundo outra versão, eles abasteceram e deram voz de assalto, mas um cliente teria reagido. A perseguição seguiu pela Avenida Iraí até a Rua Rui Barbosa, quando Gilson, que conduzia a moto, perdeu o controle do veículo. “Eles invadiram uma residência e atiraram contra nós”, relatou o cabo Anderson. A dupla só foi pega com reforços policiais que cercaram o local. Com eles, foi recuperado um revólver calibre 38, com a numeração lixada.
Arma
Gilson admitiu ter comprado o revólver na tarde daquele dia, por R$ 300,00. “Moro no Jardim Holandês (Piraquara) e lá é muito perigoso”, justificou. Ele não confirmou a intenção de assaltar o posto, tampouco que teria atirado contra os policiais. Gilson é solteiro e disse trabalhar em um lava-car. Ele possui uma passagem pela polícia, acusado de roubo, mas, conforme afirmou, teria sido um engano.
Já Valenir, que estava na garupa da moto com a arma, relatou que o frentista se assustou quando viu o revólver em seu bolso e suspeitou tratar-se de um assalto, dando início aos tiros. “Nunca fiz isso, sempre trabalhei”, disse várias vezes. Ele mora no Jardim Santa Mônica, também em Piraquara, com a amásia e uma filha de um ano e 10 meses, e disse sustentar a família trabalhando como operador de máquina.
Os dois foram encaminhados à delegacia de Pinhais.