O juízo da 11ª Vara Criminal de Curitiba determinou o sequestro de bens dos acusados por sonegações ao Fisco Estadual na Operação Papel – 2ª Fase. O objetivo é ressarcir o rombo causado aos cofres públicos, que, segundo a Promotoria de Justiça de Proteção à Ordem Tributária, responsável pelas investigações, ultrapassa a soma de R$ 115 milhões em impostos sonegados.
Entre os bens objeto de sequestro, foram localizados dez veículos, 34 máquinas de uso industrial (que eram utilizadas nas empresas abertas pelos denunciados) e mais de uma centena de imóveis situados em diversas regiões do país.
A maioria dos imóveis fica em Curitiba e região metropolitana, mas foram sequestrados bens em outras cidades do Paraná, como Londrina, Guaratuba, Matinhos, Guarapuava, Irati, Paranaguá, Paiçandu e Clevelândia; em cidades de São Paulo, como na capital e em Praia Grande; em Santa Catarina, nos municípios de Itapoá, Balneário Camboriú, Blumenau, Mafra e Itaiópolis; na cidade do Rio de Janeiro; em Porto Alegre (RS); e em Cotriguaçu (MT).
Operação Papel
A Promotoria de Justiça de Proteção à Ordem Tributária ofereceu à Justiça, no final do ano passado, 30 denúncias envolvendo 25 pessoas acusadas de sonegações ao Fisco Estadual.
Elas foram denunciadas por crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, lavagem de ativos e formação de quadrilha.
Nos autos, o MP-PR pediu a prisão preventiva de 15 pessoas, cujos mandados judiciais foram cumpridos na última quinta-feira (7 de maio) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba.