O número de presos em greve de fome na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, está diminuindo. Ontem, pelo menos mais 150 detentos voltaram a se alimentar e aceitaram a janta. Permanecem em greve, segundo a direção do presídio, cerca de 750 dos 1,4 mil condenados. As visitas de fim de semana foram canceladas para os grevistas, que poderão sofrer outras punições, de acordo com código interno da cadeia.

A greve começou na terça-feira, como forma de protesto pela remoção de catorze presos que seriam líderes do Primeiro Comando da Capital – organização criminosa nascida nas cadeias de São Paulo e que se espalhou pelo restante do País – e do Primeiro Comando do Paraná -nascido na própria PCE. Os catorze indivíduos foram transferidos para a Penitenciária Estadual de Piraquara, porque estariam arquitetando um motim dentro da cadeia.

Reivindicações

Anteontem, os presos grevistas apresentaram uma lista de reivindicações, assegurando que a manifestação não é apenas um protesto para que oito dos removidos retornem à PCE. Eles pedem melhorias no atendimento jurídico, médico, odontológico, na organização das visitas e trabalho para redução de pena. Dizem que estão “abandonados” há três anos, sofrendo tratamento desumano.

O diretor da penitenciária, André Kendrick, afirmou que as reivindicações serão estudadas e atendidas na medida do possível, porém nenhum dos presos transferidos retornará à PCE.

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