Desmantelado grupo de falsos policiais

Uma quadrilha especializada em roubar sacoleiros que atravessavam a fronteira com o Paraguai pela Ponte da Amizade foi presa, ontem, por policiais civis de Foz do Iguaçu. Para abordar os carros e ônibus e intimidar os sacoleiros, os ladrões usavam coletes da Polícia Federal e "viaturas" descaracterizadas, com sirenes e giroflex. Cinco pessoas foram presas e três veículos, usados nas abordagens, apreendidos.

João Isaías de Lima, Mauro Sérgio Carnevali (vulgo "COE" e apontado como líder da quadrilha), Jean Carlos José de Souza, Cariane Ferreira e Maria Inês Graça Ribas eram investigados há dois meses e foram detidos. Junto com eles, foram encontrados os veículos Palio Weekend placas AIV-5227, que serviria de batedor, e Gol branco placas JNZ-6046, utilizado para abordagens por se assemelhar a viaturas sem o emblema da polícia. Dentro do Gol, uma sirene foi encontrada. A camionete S10 placas AXN-759, do Paraguai também foi apreendida com a quadrilha. Todos os veículos eram roubados.

No barracão onde a quadrilha escondia os carros, dois foram recuperados instantes após o roubo – um Gol cinza e um Astra vermelho. O destino dos veículos seria o Paraguai, onde deveriam ser vendidos.

Esquema

De acordo com a polícia, um dos integrantes da quadrilha era incumbido de hospedar-se em hotéis usados por sacoleiros para informar ao restante do bando sobre quando as futuras vítimas seguiriam viagem. Na estrada, além dos equipamentos e coletes balísticos similares aos usados pela polícia, armas de grosso calibre eram utilizadas nos assaltos. Estima-se que o montante em equipamentos de informática recolhidos ultrapasse 400 mil dólares.

A quadrilha atuava nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado, e também em Santa Catarina. Segundo relatos das vítimas, o bando agia com extrema violência durante os assaltos – em um deles, contra uma van, na cidade de Francisco Beltrão, a 350 quilômetros de Foz, pelo menos 30 tiros foram disparados no veículo e os passageiros, amarrados e deixados num matagal. Investigadores da 6.ª Subdivisão Policial ainda aguardam determinação judicial para cumprir mais mandados de busca e apreensão e acreditam que outras pessoas devem ser presas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo