A Polícia Civil deteve ontem nove homens, uma mulher e quatro adolescentes, suspeitos de roubos a casas de luxo. A quadrilha atacava residências de desembargadores, delegados e empresários, e levava joias, relógios e veículos. Entre os crimes atribuídos ao grupo pela polícia está o latrocínio (roubo com morte) do neurocirurgião do Hospital Pequeno Príncipe, Paulo Carboni Júnior, 54 anos, em fevereiro.
Segundo o delegado Francisco Caricati, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, a quadrilha agia principalmente nos bairros Ecoville, Campo Comprido, Mossunguê e Barigui, e praticava de dois a três roubos por semana.
“Eles se aproveitavam da distração das vítimas, como esquecer o portão aberto, por exemplo”, conta Caricati. Ainda segundo o delegado, os ladrões eram violentos e há relatos de várias vítimas agredidas.
A investigação dos crimes da quadrilha foi iniciada há cerca de quatro meses. De acordo com o delegado, a Polícia Civil ainda tem quatro mandados de prisão a cumprir. Os detidos são suspeitos também de tráfico de drogas, de acordo com Caricati. Com eles, foram encontradas armas e drogas sintéticas em pequena quantidade.
Nomes
Todos os detidos negaram participação nos crimes.
Estão presos Ricardo Carazzai Fabrício, 23 anos; Alexandre Felipe Pádua dos Santos, Jonatan Cabral da Silva, Luiz Henrique Soares de Melo, Elthon Ivan Rodrigues da Silva, todos com 21 anos; Luiz Augusto Rodrigues Fortunato, e Alekssandro Cordeiro dos Santos, de 19 anos; Karen Padin, 27; Diego Marcel Correa, 20; e Tiago Germano Rocha do Carmo, 29.
A Operação Cachanga (em referência a cachangueiro, ladrão de residência no jargão policial) feita pela DFR e envolveu outras divisões, com 100 policiais.