Cerca de 50 dias depois de desvendar um esquema de concussão (extorsão cometida por servidor público), praticado por doze pessoas em Colombo, entre elas dez policiais civis, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP) deflagrou a Operação Polegar, que o autorizou cumprir, na manhã de ontem, 43 mandados de prisão em Curitiba, Colombo, Piraquara, Matinhos e Pontal do Paraná.

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Ao todo, 33 foram cumpridos, e outras sete pessoas foram presas por estarem portando drogas ou armas na hora da ação policial. A polícia também apreendeu 3,8 quilos de cocaína, 500 gramas de crack, R$ 15 mil, sete veículos, três motos e 13 armas de fogo.

Segundo o procurador de justiça e coordenador do Gaeco no Paraná, Leonir Batisti, a polícia chegou até os suspeitos durante a investigação realizada na delegacia do Alto Maracanã.

“Os policiais foram presos porque recebiam dinheiro para liberar os presos, no entanto, quem paga também é criminoso, ou seja, deve pagar pelo crime original e também por oferecer dinheiro em troca da liberdade”, explicou.

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Segundo ele, João Maria Costa, 53 anos, conhecido como “Doutor”, é apontado como chefe do bando e responsável pela negociação de drogas e armas. “Ele foi preso numa casa de luxo no Jardim das Américas e, segundo a investigação, comandava parte do tráfico em Curitiba, algumas cidades da região metropolitana e também no litoral”, contou.

O braço direito de “Doutor” é Alexandre Boni Nascimento, 28, que de acordo com a polícia, é uma espécie de gerente, que administra os negócios do patrão. “Esse rapaz já tinha dois mandados em aberto por homicídios e estava usando nome falso”, completou. Todos os presos foram autuados, cada um de acordo com o crime cometido, e em seguida encaminhados para o Centro de Triagem II, em Piraquara.

Liberdade

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O advogado da ex-delegada titular Márcia Rejane Vieira Marcondes, Beno Brandão, prepara a defesa prévia de sua cliente para encaminhar à Justiça nos próximos dias. Na véspera do feriado do Dia do Trabalhador, sete dos 12 presos pelo Gaeco conseguiram habeas corpus.

Márcia e os demais passam a responder ao processo em liberdade. Entre eles, o marido da então delegada e ex-superintendente da delegacia, José Antônio Braga.