Desmantelada quadrilha que fraudava o INSS

A superintendência regional da Polícia Federal no Paraná, por meio da Operação Zíngara, desarticulou, ontem, uma quadrilha que fraudava benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Curitiba e região metropolitana.

Até ontem, a Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev), da PF, havia prendido uma pessoa responsável pelo esquema. Outras cinco supostamente envolvidas estão sendo procuradas pela PF. Também participaram da operação o Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal.

Segundo Marcos Eduardo Cabello, chefe da Deleprev, o homem preso agia como intermediador de benefícios do INSS. “Apreendemos diversas caixas com documentos falsificados (Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade, Cadastro de Pessoa Física e Carteira de Trabalho). As fraudes aconteciam por meio desses documentos, nos quais estavam presentes informações fictícias sobre renda e condições físicas dos beneficiários”, explicou o delegado.

O escritório onde foram apreendidos os documentos fica no centro de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Porém, para não levantar suspeitas, “o mentor do esquema atuava em várias agencias da capital”, ressaltou.

Como não existia comprovante de endereço das pessoas forjadas pelo esquema, o mentor afirmava tratar-se de ciganos ao INSS. De acordo com Cabello, ainda não é possível saber o montante desviado durante os dez anos de atuação do grupo.

“Apreendemos caixas de documentos no escritório do mentor. Agora temos que avaliar cada uma delas para descobrir o tamanho da fraude gerada durante esse período”, explicou.

A Deleprev estima que o mentor tenha participado em mais de mil processos. “Até então constatamos fraudes em 15 procedimentos. Nosso trabalho agora será focado na análise de todos os documentos apreendidos. Assim poderemos saber se ele está realmente envolvido em todos os processos”, afirmou o assessor do Ministério da Previdência, Dilmar Pregardier. “Encontramos ainda documentos que dariam entrada em novos processos no INSS”, ressaltou.

Cabello afirma que a investigação também apontará se servidores participaram do processo fraudulento. “Temos que descobrir como que o mentor conseguiu todos esses documentos falsificados. Por isso ainda não podemos afirmar nada a respeito”, declarou.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documento e formação de quadrilha. As penas podem variar de um a cinco anos de prisão.

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