A Polícia Federal em Foz do Iguaçu terminou, ontem, de desmantelar uma quadrilha de traficantes, com integrantes de origem libanesa, turca, brasileira, egípcia e boliviana. O trabalho começou no início do ano.
A Operação Spectro resultou na prisão de 30 pessoas e na apreensão de 122 quilos de cocaína, 133 quilos de maconha, 5 quilos de pasta base de cocaína e 2 quilos de crack, além de documentos, veículos e celulares.
Ainda ontem, a Justiça Federal expediu 24 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em Foz, Cascavel e Curitiba e em presídios em outros estados, uma vez que alguns membros da organização criminosa estão presos.
Ainda há sete mandados de prisão a serem cumpridos. Anteontem, três pessoas foram detidas em Foz e um homem, de 64 anos, foi preso no Aeroporto de Guarulhos (SP), tentando embarcar para Dubai (Emirados Árabes), com 750 gramas de cocaína na palmilha do sapato.
Fachada
A quadrilha utilizava como base das operações as cidades de Foz do Iguaçu e Cuidad del leste, no Paraguai. Para esconder as atividades ilícitas, o grupo usavam estabelecimentos de fachada, como lanchonetes, lojas e salão de beleza.
Segundo o delegado da PF que acompanha o caso, Marcos Paulo Pimentel, a quadrilha enviava drogas principalmente para a Europa (França, Espanha, Romênia, Itália, Chipre e Holanda) e para o Oriente Médio (Emirados Árabes, Síria, Jordânia e Líbano).
As drogas também eram mandadas para a América do Sul (Paraguai, Colômbia, Venezuela e Bolívia), América Central (El Salvador, Antilhas Holandesas e Guatemala) e para África (Egito, Costa do Marfim e Nigéria).
Esconderijos
“O transporte das drogas, principalmente a cocaína, era feito por via aérea. Elas eram escondidas em malas, no interior de aquecedores a óleo, em embalagens de pão sírio e ingeridas pelas mulas (pessoas que levam as drogas) em cápsulas”, informa o delegado Pimentel. As penas previstas para tráfico ilegal de entorpecentes e de associação ao tráfico variam de cinco a 15 anos e de três a 10 anos.
