Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Curitiba prenderam, na sexta-feira (19), quatro suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por mortes no bairro São Braz, em Curitiba, ocorridos desde 2007. Thiago Felipe dos Santos, 20 anos, é apontado pela polícia como líder do grupo e como o assassino de oito pessoas. Também foram presos Wellington Carmo da Silva, 20, suspeito de ter participado de três assassinatos junto com Thiago, Jefferson Carmo da Silva, 23, e Ademir Oliveira dos Santos, 20.
Segundo o delegado Hamilton da Paz, os homicídios cometidos por Thiago foram motivados por disputa de poder entre grupos rivais. “Ele é um indivíduo perigoso e estava aterrorizando a população da região do São Braz”, relatou. Thiago foi encontrado na manhã de sexta-feira (19), em um conjunto habitacional no Bairro Novo. Ao mesmo tempo em que uma equipe da DH o prendia, outros policiais detinham Wellington, Jefferson e Ademir em seus locais de trabalho.
Na casa de Jefferson foi encontrado um revólver calibre 38, usado no assassinato de Marcelo Gonçalves Gutierrez, ocorrido em 31 de maio. Neste caso, a polícia já descobriu que foi Thiago quem atirou em Marcelo. Ele estava na garupa de uma moto, dirigida por Wellington, quando cometeu o crime. Wellington e Thiago também teriam agido juntos na morte Clayton Nunes, em março, e de Ricardo Serapio Ferreira, no fim de 2008.
“Vamos continuar investigando os demais integrantes dessa quadrilha. A Delegacia de Homicídios não irá permitir que marginais continuem disseminando o medo pelos bairros. Nossas operações pelos bairros são feitas para prender os bandidos”, afirmou o delegado Hamilton.
Thiago, Wellington, Jefferson e Ademir estão detidos no Centro de Triagem de Piraquara e irão responder por homicídio, formação de quadrilha e posse ilegal de arma.
A polícia responsabiliza o grupo por mais cinco mortes em Curitiba nos últimos anos. As vítimas foram Celso Ricardo Nunes, morto em outubro de 2007; Daniel Fernando da Rosa, em novembro de 2008; Heitor de Lima Alves Santos, José Pereira da Silva e Diego Pereira de Oliveira, em abril deste ano.