Uma informação anônima, recebida pela Polícia Militar, revelou que um terreno na Rua Luiz Jabonski, Novo Mundo, servia como esconderijo para carros roubados. Uma equipe do 13.º Batalhão atendeu a denúncia ontem de manhã e flagrou o desempregado Édson Centanini Júnior, 27 anos, com um Gol que havia sido furtado horas antes, no Portão. Ele confessou o furto deste carro e de uma Parati e foi preso em flagrante.
Segundo o aspirante Nairo, do 13º BPM, Édson tentou fugir com o Gol assim que notou as viaturas rondando o terreno em que estava – uma casa abandonada, de acordo com a PM, ou a residência em que mora, conforme o preso. O veículo, placa AIX-7275, havia sido furtado entre as 23h de sexta-feira e as 6h de sábado, na Avenida Santa Bernadethe, Portão – Édson confessou o ato depois da abordagem policial. “Achei o carro lá e levei. Precisava de dinheiro”, justificou o preso, que, instigado pelos policiais, admitiu ter furtado também a Parati ano 1983, placa ABZ-1840, no dia anterior. O carro estava parado numa rua próxima, sem o pára-brisa.
Receptação
Édson disse que vendeu a peça e levou os PMs ao comprador – Fernando, 37 anos, proprietário de uma oficina de lataria e pintura da região. “Ele viu meu Gol particular sem o vidro e ofereceu o pára-brisa. Paguei R$ 80, sem desconfiar que era furtado”, explicou Fernando, que não tinha passagem pela polícia. O oficial acredita que o dono da oficina tenha mesmo adquirido a peça na boa-fé – mesmo assim, foi indiciado em inquérito por receptação de objeto furtado na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Édson, que tinha passagem por briga no 8.º Distrito Policial, também foi encaminhado à DFRV.
O Gol furtado no Portão foi devolvido ao dono sem o toca-CD – Édson disse que o negociou com um desconhecido pela bagatela de R$ 10. “Pelo menos recuperei meu carro. Já está louco de bom”, suspirou o proprietário do veículo, um supervisor de vendas de 28 anos. (CS)
