O desembargador Leonardo Lustosa e o promotor Marcelo Balzer, da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), passaram a tarde de ontem no Fórum de Campo Largo colhendo depoimentos de pessoas relacionadas ao caso das orgias sexuais envolvendo menores de idade. Foram ouvidas 11 pessoas, de acordo com o desembargador. Doze estavam arroladas, mas uma delas não foi encontrada. Entre os depoentes, cujos nomes não foram revelados, estavam comerciantes da cidade e pessoas que teriam participado das festas nas chácaras. Garotas que freqüentavam as festas não foram chamadas.
Os trabalhos continuam hoje, a partir das 13h30, quando outras 13 testemunhas deverão ser ouvidas. O desembargador Lustosa encerrou os depoimentos ontem por volta das 18h e, ao sair, declarou apenas que o juiz não pode se pronunciar sobre um processo em andamento. O promotor Balzer também não quis comentar os depoimentos, lembrando que o processo corre em segredo de Justiça. Uma das pessoas citadas pelas testemunhas, quando o caso estava sendo investigado pela polícia, no mês passado, citou o juiz da comarca de Campo Largo, André Taques de Macedo, como uma das autoridades que freqüentava as festas realizadas em chácaras da cidade. Por conta do suposto envolvimento do magistrado, o caso foi para a competência do Tribunal de Justiça.
Leonado Lustosa, que assumiu a presidência do inquérito na última segunda-feira – uma semana após o falecimento do desembargador Octávio Valeixo – disse ontem que pretende encerrar os trabalhos “muito antes” do prazo previsto. O prazo é de 30 dias a contar da data em que Lustosa assumiu o caso.Depoimentos de autoridades, como o juiz André Macedo, vereadores e policiais citados, deverão ser tomados no próprio Tribunal de Justiça, em Curitiba, adiantou o desembargador.