Cláudio tentou fugir pelos fundos, mas não conseguiu. |
Quando estava atrás do balcão de seu bar, na Rua Joaquim Simões, no Jardim Tropical, em Piraquara, conversando com a sogra, de 75 anos, o comerciante Cláudio Carneiro de Oliveira, 40 anos, foi surpreendido por dois homens que o mataram com um tiro no peito, às 20h de terça-feira. Mesmo ferido, o comerciante ainda tentou fugir, mas tombou morto ao alcançar a porta dos fundos do bar.
O soldado Borges, do 17.º Batalhão, que atendeu a ocorrência, junto com seu colega Jês, disse que a sogra da vítima presenciou o crime e ficou muito abalada. A mulher informou aos policiais que o genro estava no balcão, quando os desconhecidos entraram. Sem dizer uma palavra, um deles sacou a arma e efetuou um único disparo. Em seguida, ambos deixaram o local. Devido ao nervosismo, a sogra do comerciante não pôde descrever os assassinos, que fugiram a pé, correndo pela rua coberta de lama, devido a chuva. “A hipótese de latrocínio está descartada. Os autores não deram voz de assalto e não levaram nada do estabelecimento. Não temos dúvida de que eles entraram com o objetivo de matar o comerciante”, salientou o soldado Borges. Jês, por sua vez, comentou que o Jardim Tropical é próximo do Jardim Holandês, uma das áreas mais violentas da Região Metropolitana. “70% dos presos da delegacia de Piraquara são desta região”, salientou Jês.
Mistério
A mulher da vítima, Terezinha de Fátima Oliveira, disse que o marido não tinha inimigos e ela não sabia se Cláudio estava recebendo algum tipo de ameaça. Casada há 20 anos, Terezinha disse que o marido nunca teve passagens pela polícia. “Ele só pisou na delegacia quando foi assaltado dentro do cemitério e levaram a arma dele. Mas faz muito tempo”, comentou Terezinha. Segundo ela, muitas vezes fregueses do Bar e Mercearia do Antunes brigavam. O marido costumava separar os brigões e orientava para se acalmarem. Ela garantiu que não tem idéia de quem matou seu marido.
O caso será investigado pela delegacia de Piraquara. O investigador Hélio esteve no local, mas colheu poucas informações que possam ajudar a solucionar o crime. Ele disse que, nos próximos dias, a sogra da vítima deverá ser ouvida para descrever detalhes do assassinato. Ele solicitou às pessoas que tiverem informações que possam ajudar à polícia, que entrem em contato com a delegacia através do telefone 673-2460.