Um esquema de desvio de dinheiro público, que teria a participação de servidores da própria Secretaria de Estado da Educação (Seed), pode ter causado um rombo de R$ 500 mil aos cofres do Estado.
A Comissão de Sindicância da Seed concluiu que o dinheiro era desviado da concessão de diárias de viagens para funcionários da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), a antiga Fundepar. Seis servidores, que não tiveram seus nomes divulgados, são apontados como os responsáveis pelo desvio.
Os servidores, que poderão responder por peculato e falsidade ideológica, estariam utilizando o sistema eletrônico Central de Viagens da Sude para se apoderar de cartões corporativos, com as respectivas senhas, de outros funcionários do órgão, sem que estes efetivassem as viagens. De posse dos cartões, os fraudadores sacavam o valor correspondente às diárias.
Ontem, a Comissão de Sindicância, que ouviu 54 servidores sobre as supostas irregularidades e encaminhou um relatório à Corregedoria do Estado. Até a próxima semana, ele será entregue ao Ministério Público Estadual (MP).
Em nota, a Seed informou que, até o momento, não há culpa formal dos citados no ocorrido, que têm assegurado o direito a ampla defesa. De acordo com a Seed, há um clima de indignação por parte de seus servidores e “a certeza é a de que aqueles que agiram com má-fé responderão por isso e, com certeza, receberão punição exemplar”.
O Ministério Público informou que abriu um procedimento investigativo. A promotoria inclusive já encaminhou um ofício à Seed, onde solicita documentos para dar prosseguimento às investigações. O MP aguarda a resposta da Seed para a próxima semana.
