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Amostras do material contido nos veículos
foram retiradas para serem periciadas.

Uma quadrilha formada por cinco integrantes acusada de adulterar combustível e tentar revendê-lo para postos de gasolina em Curitiba foi presa durante uma operação conjunta do 7.º DP (Vila Hauer) e da delegacia de Araucária. Três caminhões carregados com aproximadamente 30 mil litros de solvente misturado com outros produtos químicos, – também foram apreendidos. Amostras do material contido nos veículos foram retiradas por técnicos e serão periciadas. Foram recolhidos no xadrez do distrito policial Diogo Scofild da Conceição, 21 anos, Alei Cuchi Fontalupi, 53, Osni Silva, 54, Ernesto Mann Neto, 25 e Thiago Manica, 22. Eles foram autuados por formação de quadrilha e adulteração de combustível.

De acordo com o delegado, Hamilton da Paz, investigadores de Araucária descobriram um caminhão Scania, sem reboque e com placa de São Paulo, estacionado em um posto de combustível naquele município, há cinco dias. A informação foi repassada para o 7.º DP, que deu início a diligências. Osni – motorista do caminhão – foi detido e relatou que trouxe um carregamento de solvente de Paulínia (SP) para cá e que a carga havia sido levada para um pátio no bairro Xaxim.

Os policiais foram ao local e flagraram uma operação de transbordo de material combustível entre caminhões que, a princípio, pensava-se tratar de uma carga de gasolina adulterada. Os investigadores detiveram no local Alei, proprietário de um dos caminhões, Ernesto e Thiago. "Perguntamos sobre as notas fiscais do produto e eles ligaram para Diogo que foi até o local e disse que o produto era gasolina e que inclusive possuía notas fiscais", explicou o delegado. Foram realizadas buscas no interior do veículo de Diogo e encontradas três notas fiscais. Uma delas, que estava rasgada, era do produto solvente trazido do estado de São Paulo. Outras duas notas fiscais, emitidas por uma empresa de Araucária, eram "coincidentemente" para a venda de 15 mil litros de gasolina cada uma. "Eles iriam revender o produto adulterado como se fosse gasolina para dois postos em Curitiba. Na verdade só tem solvente e outras misturas", explicou o delegado.

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Segundo o policial, as investigações continuam para descobrir se há envolvimento de proprietários de postos de gasolina no esquema de adulteração do combustível ou se eles também eram enganados. A empresa de Araucária, emissora da nota fria, será responsabilizada. O material apreendido vai ser periciado.