Descoberta fazenda milionária de Beira-Mar no Paraguai

A Polícia Federal descobriu durante a Operação Fênix, desencadeada anteontem, que Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, tem uma fazenda milionária no Paraguai e que havia tentado comprar outra em Foz do Iguaçu. Também foram apreendidos US$ 135.975 e R$ 26.120,00, além de documentos da contabilidade que indicavam como a quadrilha agia para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. O bandido comprava imóveis em nome de laranjas e abria sociedade fictícias de pequenos estabelecimentos comerciais. Ontem, cinco dos 11 presos na operação estavam em Curitiba prestando depoimento e outros quatro estavam para chegar.  

Segundo o delegado-chefe de Operações Especiais de Fronteiras, Wagner Mesquita, o material recolhido corroborou com tudo o que foi investigado e também deve abrir novas linhas de investigação. Foi descoberto que Beira-Mar comprou uma fazenda milionária no Paraguai com mansão, lago para jet-ski, pista asfaltada para pouso de aeronaves, piscina, cavalos, cinco mil cabeças de gado e tanques de peixe. A fazenda está em nome de um laranja e ainda não foi bloqueada. A PF já solicitou cooperação jurídica à Justiça paraguaia. A escritura da propriedade foi encontrada no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal descobriu que, mesmo preso, Beira-Mar comandava a organização criminosa de dentro do presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde está preso desde julho. Um dos braços-direitos dele era sua mulher, Jaqueline Alcântara Morais, que também foi presa. Como o traficante não podia usar telefone celular, começou a utilizar parentes e advogados como ?pombos-correio? para repassar suas ordens à quadrilha.

Segundo Mesquita, durante a investigação também foram identificados fornecedores de droga no Paraguai. As informações foram repassadas para as autoridades daquele país. Além do dinheiro já recolhido, existem cofres que ainda precisam ser abertos pela PF. A documentação ainda aponta vários homicídios que teriam sido praticados pela organização.

Rio de Janeiro

O traficante também tem ligações estreitas com o tráfico do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, onde está instalada uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio. Segundo a Polícia Federal, é naquela localidade que funciona o grande entreposto de drogas da maior facção criminosa do estado. A comunidade também estaria servindo de base para reuniões dos chefes de outras favelas discutirem a partilha de cargas de cocaína e armas que chegam para abastecer o morro e os grupos da mesma quadrilha.

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