Uma “fábrica” de vales-transporte falsos foi descoberta ontem por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), da Promotoria de Investigação Criminal (PIC). Antônio José Mendes Ohira, 36 anos, e Florinaldo Rodrigues Calda, de 30, foram presos e autuados por falsificação, pelo delegado Sebastião Ramos dos Santos Neto, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Com os presos a polícia apreendeu os equipamentos para a falsificação e cerca de 100 mil vales-trasporte falsos.
O delegado informou que policiais do Gerco receberam a denúncia do derrame de vales falsificados na cidade e passaram a investigar. Por volta das 9h30 de ontem, eles efetuaram a prisão de Antônio, que confessou que não só estava distribuindo os vales, como também fabricando. Ele levou os policiais até a casa de seu vizinho, Florinaldo, na Rua Doutor Marins Alves de Carvalho, Vila Tingui, no Bacacheri, onde estavam guardadas as máquinas utilizadas na falsificação. Os dois receberam voz de prisão e foram conduzidos ao Cope.
Derrame
O procurador jurídico da Urbs, Sidnei Mattins, informou que a PIC estava investigando o derrame de vales-transporte falsos há 30 dias. Ele disse que a falsificação é imperceptível a olho nu, quase perfeita e os vales falsos são aceitos pelas catracas dos ônibus e das estações-tubo. Sidnei contou que o derrame só foi percebido porque a máquina que faz a contagem das moedas na Urbs não os aceita. “Na semana passada, a polícia apreendeu 15 mil vales falsos em um banca na Avenida Paraná, no Juvevê. O jornaleiro não informou quem os vendeu”, ressaltou o procurador. Ele disse que ainda não pode calcular o prejuízo da Urbs nem o montante de vales falsificados espalhados pela cidade.
Investigações
O delegado Sebastião informou que as investigações continuam no sentido de apurar o envolvimento de outras pessoas e há quanto tempo o derrame está sendo feito.
