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| Celsa de Oliveira, a líder, Edson dos Santos Justen, Marcos Roberto da Silveira e Emerson do Nascimento. |
Por pouco policiais do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer) não apreenderam 100 quilos de maconha que estavam em poder de uma poderosa quadrilha de traficantes. Celsa de Jesus de Oliveira, Edson dos Santos Justen, 25 anos; Marcos Roberto da Silveira, 38, e Emerson Paulino do Nascimento, 27, foram presos e autuados em flagrante por associação com o tráfico de drogas e formação de quadrilha. O chefe do grupo, identificado como ?Neguinho? conseguiu escapar. O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular da distrital, suspeita que o traficante recebeu ajuda de policiais para fugir.
O delegado contou que os policiais receberam a informação de que uma grande quantidade de maconha estava sendo negociada na região da Vila Hauer e começaram a apurar os fatos. As investigações apontaram que um dos integrantes do grupo era Marcos, que seria a pessoa encarregada de arrumar um comprador para a droga. Marcos informou aos supostos interessados que cada quilo de maconha estava sendo vendido a R$ 250,00, totalizando R$ 25 mil o carregamento. Com a demonstração do interesse pela maconha, os policiais apuraram o envolvimento de Celsa, que é uma das fortes ?patroas? do tráfico no Sítio Cercado. Por sua vez, Celsa apresentou ?Neguinho? aos supostos compradores. ?Neguinho? era quem estava armazenando a droga em Araucária.
Para dar continuidade a negociação, os investigadores marcaram um encontro com os traficantes próximo ao Farol do Saber, no Sítio Cercado. Quando os policiais chegaram, Marcos já estava no local e telefonou para Celsa, que enviou Edson de motocicleta. Em seguida, Edson levou os ?compradores? até a casa da traficante, na Rua Desembargador João José Arruda Júnior, 245, Sítio Cercado. De lá, os policiais se dirigiram até o terminal de ônibus Maria Angélica, onde encontraram o chefe do grupo, que levou uma amostra da droga, ou seja, 5 gramas, embaladas em um plástico branco. Após acertarem o valor, ?Neguinho? iria levá-los até a droga, para finalizar o negócio. Só que o traficante recebeu um telefonema. Do outro lado, uma pessoa confirmava a placa de um veículo. Após desligar, ?Neguinho? ficou temeroso e perguntou onde estava o dinheiro. Sem ouvir os policiais direito, ele fugiu.
Ajuda externa
?Acreditamos que alguém acessou o sistema do Detran, checou a placa e descobriu que era uma viatura, que os compradores usavam e avisou o traficante. O marginal aparentava ter certeza que estava negociando com investigadores, dando a entender que tinha cobertura?, salientou o delegado. ?Tudo indica que ele tinha o apoio de policiais de uma outra organização. Estamos apurando e esta pessoa será punida?, acrescentou Hamilton.
Depois que ?Neguinho? deixou o local, os outros integrantes do grupo chegaram e ?Neguinho? telefonou para Emerson e disse: ?Você trouxe a polícia prá negociar comigo?, afirmou o marginal. Todos receberam voz de prisão. Em seguida, ?Neguinho? telefonou para Edson e avisou: ?A última pessoa que me traiu, matei junto com a família com requintes de crueldade?. Sem esperar resposta, o traficante desligou o telefone.
Apesar de confirmarem o tráfico de drogas à polícia, Edson, Marcos e Emerson negaram qualquer envolvimento com o crime. ?Não existe nada disso. Eu nem conheço eles?, alegou Marcos, que já tem antecedentes criminais por roubo. Já Emerson tem passagem por uso de entorpecentes.
O delegado disse que as investigações continuam no sentido de identificar e prender ?Neguinho? e as pessoas que dão cobertura ao marginal. Ele solicitou às pessoas que saibam o paradeiro do marginal que entrem em contato através do telefone 3376-1055. ?Não é preciso se identificar?, avisou Hamilton.