Uma quadrilha de assaltantes foi desarticulada com a prisão de cinco homens no final da noite de terça-feira e início da madrugada de ontem, em Colombo e Curitiba. Com o grupo foram apreendidas armas e radiocomunicadores e há informação de que os integrantes se preparavam para praticar assalto contra uma agência bancária no Norte do Estado. A detenção foi realizada por policiais da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e da Companhia de Choque da PM, e os indivíduos encaminhados ao 3.º Distrito Policial (Mercês). Estão presos por formação de quadrilha: Robson Natal, 30 anos; Rafael Francisco Barbosa de Lima, 22; Sérgio Morais de Proença, 26; Jeferson Morais da Silva, 27, e Joel dos Santos, 30.
Por volta das 23h, uma equipe da Rone realizava patrulhamento no distrito de Alto Maracanã, em Colombo, quando suspeitou de um táxi, placas de Curitiba, que transitava pela região com o motorista e dois passageiros. Os PMs realizaram a abordagem e encontraram um revólver calibre 38, munição e quatro radiotransmissores com os ocupantes do táxi. Foram detidos Rafael, Jeferson e o taxista Joel, que alega inocência. As investigações prosseguiram e os policiais descobriram que, na avenida marginal à BR-476, no Parolin, estavam outros dois integrantes da quadrilha, esperando seus comparsas, dentro de um Ômega Suprema. Os policiais militares se deslocaram até o endereço e realizaram a prisão de Robson e Sérgio. Com eles foram apreendidos mais dois revólveres calibre 38, e uma pistola 380, além de quatro bilhetes de passagens rodoviárias. Conforme a PM, os indivíduos confessaram que pretendiam efetuar um assalto contra a agência do Banco do Brasil, em Cafelândia, Oeste do Paraná.
PCC
Os detidos foram encaminhados ao 3.º DP e as investigações levaram à novas descobertas. No momento em que foi preso pela PM, Rafael deu o nome de Diego Francisco Barbosa de Lima, 19, que na verdade é de seu irmão. A falsa identidade foi fornecida porque Rafael possui um mandado de prisão expedido contra si, conforme explicou o superintendente do distrito, Maurício Bassi. Com exceção do taxista, todos os demais têm antecedentes criminais por roubo. Robson e Sérgio já cumpriram pena pelo crime.
Robson – que também é conhecido por "Faustão" – é apontado como o líder do grupo e pertence ao quadro do Primeiro Comando da Capital (PCC) – facção criminosa paulista com ramificações em todo o País. Informalmente, "Faustão" comentou com policiais que paga mensalmente uma contribuição para o PCC, no valor de R$ 500,00. Essa ajuda de custo lhe dá direito a proteção (dele e de familiares), além da contratação de um advogado. O pagamento de contribuição para o PCC é um dos mandamentos a ser seguido pelos integrantes do grupo.
Investigação
A participação de Joel na quadrilha ainda está sendo averiguada, apesar de ele estar detido. Joel é o taxista e, segundo seus comentários, no momento da abordagem policial, os dois bandidos que transportava no táxi colocaram a munição do revólver em seu bolso e a arma embaixo do tapete do carro. Outro detalhe que chama a atenção é que toda a preparação para o crime foi estruturada com equipamentos para quatro pessoas. Foram apreendidas quatro armas, quatro radiocomunicadores e quatro bilhetes de viagem que, provavelmente, corresponderiam a Robson , Rafael, Sérgio e Jeferson.
