O corpo de Adir José Texca, 28 anos, foi encontrado na manhã de ontem, jogado no meio do matagal que margeia a estrada de Itabauna, na zona rural do município da Lapa. O rapaz foi morto a tiros no dia 26, em Campo Largo, onde residia, e levado de carro até o lugar onde foi “desovado”. Antes do corpo ser encontrado, os policiais da delegacia de Campo Largo já investigavam o caso e a identificação dos suspeitos havia sido apurada. Os acusados pelo homicídio são: “Grilo”, Gerson e Valter.
Na noite de segunda-feira, um morador da região avistou um vulto em meio ao lixo, jogado no mato. Acreditando que se tratava de um animal morto, não deu importância e continuou por seu caminho. Na manhã seguinte, ao passar pelo mesmo local, o morador sentiu um forte cheiro e então percebeu que se tratava do cadáver de uma pessoa. A polícia foi acionada e constatou que o corpo era do rapaz desaparecido há quatro dias.
Investigação
Segundo a delegada Maritza Maira Haisi, através das investigações a polícia acreditava que Adir estava morto, faltando apenas a prova material para comprovar a suspeita. Um dia após o desaparecimento do rapaz, o pai dele prestou queixa na delegacia e deu-se início às diligências. A polícia apurou que Adir foi visto pela última vez quando passava pela Rua Principal, do bairro Novo Horizonte, na periferia de Campo largo, e que na seqüência três homens atiraram contra ele. A vítima estaria retornando de um bar da região.
Testemunhas informaram que Adir foi assassinado e colocado no porta malas de um veículo Gol, de cor branca. “Nós apuramos que há algum tempo Adir teria brigado com Valter e dado uma garrafada nele. Provavelmente, Valter chamou os outros dois para se vingar”, contou Maritza.
De acordo com o perito Carlos Henrique, durante os exames preliminares foi encontrada apenas uma perfuração no peito de Adir. “Devido ao estado de decomposição do cadáver, somente os exames complementares no IML é que irão definir quantas perfurações existem no corpo da vítima”, explicou o perito da Polícia Científica. Moradores afirmaram ter ouvido vários disparos na última sexta-feira, dia em que Adir foi executado.