Uma história que beira ao inacreditável foi relatada por familiares a policiais da Delegacia de Homicídios, sobre a morte de Reginaldo Guimarães, 30 anos. O rapaz, que trabalhava como catador de papel, foi baleado no Parolin, às 18h de sábado, e morreu na tarde de quinta-feira, no Hospital do Trabalhador.
De acordo com as informações, uma vizinha de Reginaldo pediu para que ele carregasse um televisor pela Avenida do Canal, para transportá-lo a uma outro local. Durante o trajeto, o rapaz teria se desequilibrado e derrubado o aparelho, quebrando-o e gerando prejuízo à vizinha. Indignada, a mulher – que estava armada com um revólver e uma faca – deixou a raiva falar mais alto e desferiu golpes de arma branca e efetuou um disparo contra Reginaldo. A vítima reagiu e conseguiu tomar a arma de fogo da vizinha. Em seguida, mesmo todo ensangüentado, o rapaz saiu andando pelas ruas do bairro à procura de ajuda.
Mais tiros
O azar de Reginaldo parecia não ter fim. Enquanto caminhava, o rapaz encontrou com uma viatura da Polícia Militar e a idéia de que receberia ajuda foi prontamente transformada em mais dor. Os PMs, ao vê-lo coberto de sangue e carregando um revólver, não pensaram duas vezes e atiraram.
Pelo que foi informado ao delegado Luiz Alberto Cartaxo, titular da Delegacia de Homicídios, Reginaldo teria sido atingido por mais disparos e depois foi encaminhado ao centro médico, no início da noite de sábado.
Cartaxo informou que espera a presença dos policiais militares na DH para tomar ciência e ouvir a versão apresentada pela equipe que participou da ocorrência. Além dos PMs, o delegado também aguarda o comparecimento da proprietária do televisor, para saber da veracidade da história contada pelos parentes da vítima.