Depósito de papel pega fogo no bairro Parolin

Um incêndio assustou moradores do Parolin na madrugada de ontem. O fogo consumiu o depósito de plásticos e papéis para reciclagem, na esquinas das ruas Dayse Luci Berno, 24 de Maio e Professor José F. Mansur Gueiros. Há suspeitas que ele tenha sido provocado.

Os bombeiros foram acionados às 4h e, até perto do meio-dia, ainda lutavam para manter o lugar seguro, já que grande parte do material guardado no barracão era de fácil combustão. De acordo com o tenente Leonardo, mais de 400 metros quadrados foram totalmente destruídos. "Trabalhamos com uma empilhadeira e uma retroescavadeira. A fumaça altamente tóxica, exigiu que nossos homens trabalhassem com muito mais cuidado", explicou.

Coquetel

O casal Augusto Vieira de Lima e Rosana do Carmo Daniel, proprietários do depósito, afirmaram que o incêndio foi criminoso e que o causador foi um ex-funcionário. "Ele entrou com uma ação trabalhista e perdeu duas audiências. Ele disse que, se perdesse a terceira, ia acabar com tudo isso aqui. Foi o que aconteceu. No mês passado o juiz deu causa perdida para ele e, agora, foi a gente que perdeu tudo", disse Augusto, desolado. O tenente explicou que será difícil identificar a causa do incêndio, já que todo o material "foi revirado muitas vezes."

Rosana contou que, em 2003, eles já tiveram prejuízo de aproximadamente R$ 60 mil em um incêndio criminoso que atingiu a parte externa do depósito. "Como a gente já esperava que algo fosse acontecer, contratamos um vigilante e também outro rapaz, que morava aqui no depósito. Eles viram que alguém jogou um coquetel (coquetel-molotov). Daí explodiu e pegou fogo em vários lugares", relatou.

Desemprego

Ela disse ainda que, dentro do depósito, havia 30 toneladas de material embalado para entrega e algumas máquinas. "Nem sei se vamos continuar tocando o negócio, a gente desanima desse jeito", finalizou.

A empresa existe há oito anos. Ela é administrada pelo casal e seus filhos e tem 11 funcionários contratados.

No local, são atendidos regularmente 280 carrinheiros que descarregam o material diariamente. "Não é só a nossa família que ficou no prejuízo, são 280 famílias que dependem disso aqui pra sobreviver", explicou o proprietário.

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