Segurança

Denúncia dos vigilantes é discutida em audiência na AL

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindvigilantes) denunciou ontem que profissionais da área estão recebendo ameaças. O motivo é a posição contrária do sindicato em relação aos “bicos” feitos por policiais militares como vigilantes.

O assunto foi discutido mais uma vez na última semana em uma audiência na Assembleia Legislativa do Paraná, o que reavivou o debate. A prática destes “bicos” por policiais militares é ilegal, ou seja, eles não podem trabalhar como vigilantes nas horas vagas.

Segundo o presidente do Sindvigilantes, João Soares, as ameaças ocorrem há algum tempo, mas depois da audiência surgiram mais algumas, inclusive enviadas por e-mail. Uma delas sugere que o ameaçador é policial militar, e diz o seguinte: “somos mais fortes do que vocês pensam (…), tenha mais respeito pelos PMs e fiquem na sua, cuidem do seu sindicato e tentem ajudar os vigilantes, mas não fazendo sensacionalismo em cima de policiais honestos que honram a farda que vestem e dão o sangue pela sociedade (…)”.

“Diante disso não temos muito o que fazer, apenas temos que nos cuidar mais”, afirmou Soares. Segundo ele, grande parte dos policiais que fazem esses “bicos” como vigilantes trabalham para empresas clandestinas de segurança.

Essas empresas, de acordo com Soares, são muito mais numerosas em todo o Paraná do que aquelas que estão com a documentação em dia. “Aquelas que são irregulares funcionam somente com o alvará da prefeitura, quando deveriam também ter autorização da Polícia Federal”, informou.

Para Soares, várias ações devem ser tomadas para que a situação dos “bicos” seja extinguida, como melhorar o salário dos policiais e aumentar a fiscalização das empresas de vigilância irregulares.

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