O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) começou, na semana passada, a auxiliar a Promotoria de Investigações Criminais na apuração da denúncia de que empresários e políticos de Campo Largo estariam promovendo festas e mantendo relações sexuais com garotas menores de idade, em uma chácara da cidade. A PIC não está divulgando os nomes dos envolvidos até que as investigações sejam concluídas, mas na última sexta-feira o nome de um policial civil foi citado e ele acabou sendo afastado da função.

Nelson Bastos, superintendente da delegacia de Campo Largo, foi citado pela mãe de uma das adolescentes, supostamente envolvidas no esquema, em uma entrevista a um canal de tevê. O delegado-chefe da Divisão de Polícia Metropolitana, Agenor Salgado, decidiu afastar Bastos até que o caso seja esclarecido. “Até mesmo para evitar que possam alegar que o policial estaria atrapalhando as investigações e, também, para preservá-lo”, explicou Salgado.

De acordo com o delegado, Bastos está tranqüilo em relação ao episódio. O superintendente nega participação no esquema de exploração de menores. “Não conversei com ele diretamente, e sim com o delegado de Campo Largo (Osmar Dechiche). Bastos disse que o único crime do qual podem acusá-lo é conhecer alguns dos supostos envolvidos no caso”, observou Agenor Salgado.

Esclarecimentos

O delegado disse também que o superintendente de Campo Largo está aguardando ser chamado para prestar esclarecimentos. “Possivelmente o Cope deverá chamá-lo nos próximos dias”, afirmou Salgado.

A PIC investiga a denúncia de exploração sexual de menores em uma chácara de Campo Largo há mais de um mês. O promotor Marcelo Balzer é o responsável pelas investigações, que partiram da denúncia de uma mãe ao Conselho Tutelar daquele município. Algumas garotas já foram ouvidas e encaminhadas a abrigos para menores. Na fase atual, PIC e Cope buscam provas para incriminar os acusados.

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