Investigações feitas pelo Núcleo de Inteligência da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), desde o início do segundo trimestre de 2010, culminaram na Operação Formiga, realizada nos últimos três dias na área central de Curitiba. Coordenada pelo delegado operacional da divisão, Renato Bastos Figueiroa, a operação combate a comercialização e o uso de drogas e coíbe outras atividades criminosas, como badernas e assaltos.
“Nesta região a droga circula pela ação de pequenos traficantes que fazem a distribuição aos usuários. Agem como formigas, carregando pequenas quantidades de entorpecentes”, disse o delegado.
Ao fim do terceiro dia das ações, na noite de quinta-feira (23), 38 pessoas tinham sido detidas, sendo 33 por uso de drogas e cinco por tráfico. Foram apreendidas 400 pedras de crack, 40 buchas de cocaína, maconha, uma balança de precisão e materiais utilizados para confeccionar pedras de crack. Mais de 50 policiais de todos os núcleos da Denarc no Paraná participaram das ações.
Segundo o delegado-chefe da Denarc, Júlio Reis, as investigações feitas pelo núcleo de inteligência possibilitaram o levantamento de informações sobre o tráfico e consumo de drogas na região central de Curitiba, que inclui o Largo da Ordem, rua Cruz Machado e rua Dr. Muricy. Filmagens e fotografias foram utilizadas para monitorar os suspeitos.
“A região é frequentada por pequenos traficantes e usuários da droga. Essas operações identificam os traficantes e usuários, além de acabar com diversas atividades criminosas que vem ocorrendo devido à circulação desses indivíduos no local”, afirmou.
Uma equipe do Fundo Especial de Reequipamento Policial (Funrespol) acompanhou a Operação e fiscalizou estabelecimentos que poderiam estar sendo usados por essas pessoas como esconderijo ou com outro objetivo que pudesse auxiliar as atividades. “O proprietário de uma lanchonete local será indiciado por associação ao tráfico de drogas, porque o lugar era usado com essa finalidade”, disse o delegado Figueiroa, coordenador da Operação.
Dos 33 usuários detidos, dois deles foram encaminhados para a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba. “Os usuários assinaram termo circunstanciado e foram liberados. Aqueles que não possuíam residência foram encaminhados à FAS”, afirmou Figueiroa.
