Esfaqueamento, embriaguez, |
Quatro homens envolvidos em diferentes situações de delito foram apresentados, na tarde de ontem, na delegacia de Pinhais. José Valeriano da Silva, 42 anos, foi preso em flagrante após ter esfaqueado a esposa, dentro da residência do casal, na Vila Tarumã. Segundo o detido, que foi autuado por tentativa de homicídio, o golpe foi desferido durante uma discussão, na qual ele "perdeu a cabeça". A esposa passou por uma cirurgia e está em observação no centro hospitalar.
José Airton, 27 anos, foi detido às 19h50 de segunda-feira, quando transitava com um veículo (Passat) com alerta de roubo, pela região central de Pinhais. O preso alegou não saber que o carro era roubado. "Comprei o Passat em uma ?pedra? no Guaraituba, há três meses. Não sabia que era irregular", afirmou. Cristovão Ferreira da Silva, 49 anos, foi preso por direção perigosa e embriaguez. Na terça-feira à tarde, ele transitava com sua Kombi pelo Jardim Weissópolis quando atropelou uma motocicleta. A polícia compareceu ao local e constatou que Cristovão dirigia embriagado. Diante do flagrante, foi encaminhado à delegacia.
Prosdócimo Guerra Júnior, 36 anos, está detido por furto desde a última segunda-feira. Ele foi pego por policiais militares quando transitava com um televisor furtado, pelas ruas da Vila Amélia. Todos os presos foram autuados por seus respectivos crimes, pelo delegado Gerson Machado.
Superlotação
Por causa das constantes prisões que vêm ocorrendo em Pinhais, a carceragem da delegacia está cada vez mais inchada. Atualmente, 80 detentos estão distribuídos em quatro celas que têm capacidade total para 16 pessoas. Policiais se preocupam com tentativas de fuga em virtude dessa situação desumana. A época de final de ano, aliada às péssimas condições de permanência dos presos na carceragem, insuflam os presos a buscar a liberdade. "Muitos têm a idéia de passar as festas de Natal e Ano Novo com a família. E, para isso, é preciso fugir", explicou o delegado.
Dentre os 80 presos recolhidos em Pinhais, estão dois condenados pela Justiça e seis evadidos da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara. Aliás, esse é um outro problema enfrentado por delegacias da Região Metropolitana e também da capital. Os presos foragidos da CPA – que são recapturados – não retornam para Piraquara, como era de se esperar. Eles permanecem na delegacia à espera de vagas no sistema penitenciário, colaborando com a superlotação carcerária. "Os presos recapturados entram novamente no sistema e podem ficar até um ano trancados, aguardando vagas", disse Machado.