Durante três dias, delegados de todo o Paraná participaram de reuniões para debater a atual situação da categoria e das condições de trabalho. Os encontros foram realizados em Curitiba e Maringá. O último acontece hoje, em Londrina. Outras reuniões ainda serão realizadas nos próximos meses no Oeste e Norte Pioneiro do Estado. Durante esses primeiros encontros cerca de 200 delegados participaram das discussões.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol), João Ricardo Képes Noronha, afirma que durante as reuniões foram debatidas todas as questões relacionadas à problemática da segurança pública no Estado.

Precariedade

“Estamos fazendo uma mobilização, buscando solucionar todo o problema que ocorre no Estado. Várias propostas apresentadas pelos delegados já estão sendo discutidas em prol da sociedade. Hoje, a segurança se encontra numa posição precária, não pode continuar dessa maneira”, diz.

Segundo Noronha, o pequeno quadro pessoal disponível nas carceragens é outro ponto que dificulta uma melhor ação de segurança pública. Ele ressaltou que a superlotação das cadeias de delegacias e distritos também se encontra em um estágio crítico. “Há tempos comunicamos o Ministério Público para que alguma providência fosse tomada, porque o sistema está problemático. Após esses encontros, a idéia é tomar outra frente e entrar em contato com juízes de execução penal para solucionar o caso dos detentos que permanecem nas celas e têm que cumprir pena em regime semi-aberto”, completa.

Situação

De acordo com o vereador Paulo Salamuni (PMDB), que se encontra em Brasília na reunião nacional da categoria, e que está ciente da situação do 7.º Distrito – na Vila Hauer, em Curitiba -, o problema é grave e acomete outros distritos da cidade. Um ofício foi encaminhado para a Secretaria de Segurança Pública pelo vereador, informando o órgão da situação precária das delegacias. “Entrei em contato com a secretaria para saber o que pode ser feito para solucionar o problema. A comunidade está exigindo solução”, diz.

“Estamos preocupados porque em outros distritos da cidade ocorrem problemas parecidos. O caso da Vila Hauer ganhou destaque porque fica ao lado de uma escola, e em algumas vezes detentos em fuga foram parar no pátio do colégio. Isso não pode acontecer de maneira alguma”, completa Salamuni. Em Curitiba funcionam atualmente 13 distritos e até mesmo os que não dispõem de xadrez abrigam presos em celas improvisadas, como é o caso do 6.º Distrito (Cajuru).

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