Requião descerrou ontem placa em homenagem ao policial militar Plocharski, assassinado a tiros.

Os cinco delegados responsáveis pelas investigações em torno da Operação Tentáculos, deflagrada na semana passada e que culminou com a prisão de 33 pessoas, se reuniram ontem, em Curitiba. O objetivo do encontro entre peritos e os delegados da Homicídios, Furtos e Roubos, Furtos e Roubos de Veículos, Antitóxicos e do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (Cope) foi estabelecer uma estratégia de trabalho.

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De acordo com o delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura, da Delegacia de Homicídios, a definição de métodos comuns de trabalho irá facilitar o andamento das investigações. "Esta estratégia deve ser adotada para os próximos 30, 40 dias", disse Cartaxo.

Os delegados não especificaram detalhes do trabalho a ser desenvolvido para não atrapalhar as investigações. No entanto, entre as ações da Polícia Civil está a revisão de todos os homicídios de traficantes que até agora estão sem solução, ocorridos nos últimos três anos, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e que podem ter sido cometidos pelo grupo de extermínio formado por policiais militares do 13.º Batalhão da PM.

Assassinato

A operação Tentáculos foi desencadeada em janeiro deste ano, após o assassinato do major Pedro Plocharski, então comandante do 13.º BPM, que descobriu o envolvimento de policiais com o crime organizado. Após realizar interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que comprovaram o envolvimento de PMs com o crime, a PF prendeu – na última quarta-feira – 33 pessoas, entre elas 11 policiais militares (inclusive um coronel da reserva e outros oficiais exonerados, além de seis PMs da ativa).

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O traficante Éder Conde, chefe do tráfico de drogas na Vila Nossa Senhora da Luz, também foi pego durante a operação. A quadrilha desmantelada está ligada ao tráfico de armas e drogas, roubo de veículos, assaltos, milícias armadas e a uma empresa de segurança clandestina.

Reciclagem

Ontem, o governador Roberto Requião determinou que todo o efetivo do 13.º BPM Militar seja trocado em 45 dias. De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Antônio Pancotti, até agora, metade dos policiais militares do 13.º já foi substituída.

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Pancotti também anunciou que todos os PMs da região passarão pelo curso de Polícia Comunitária, na Academia do Guatupê, antes exclusivo aos PMs que integravam o Projeto Povo. Ainda ontem, a reciclagem começou para os oficiais que ainda restaram no 13.º BPM. Após o término do curso, os policiais serão separados e enviados para diferentes regiões do estado. Os que obtiverem maior nota poderão optar em ficar na capital. O objetivo é, com isso, separar o grupo e mantê-lo em constante vigilância.

Homenagem

Em cerimônia realizada ontem no 13.º BPM, Requião promoveu o major Plocharski a tenente-coronel. Com isso, a família do oficial assassinado vai receber pensão referente à patente outorgada pelo governador.

Requião descerrou também uma placa em homenagem ao oficial no quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Além disso, o 13.º BPM passa a se chamar Batalhão Pedro Plocharski.