Crueldade

Delegado pode indiciar mãe de garotinho morto

O Instituto Médico-Legal (IML) revelou ontem que não encontrou sêmen no ânus do garotinho de 2 anos, morto na noite de terça-feira no bairro Cajuru. Entretanto, os laudos garantem que o menino foi violentado sexualmente e espancado.

Para a polícia, apesar da ausência do material biológico, capaz de comprovar a autoria do crime, não há dúvidas que o padrasto do menino, Fagner Ferreira Batista, 20 anos, cometeu a brutalidade. O funileiro foi preso em flagrante na quarta-feira.

O delegado que investiga o caso, Edward Ferraz, taxou como absurda a alegação de Fagner de que a criança teria sido violentada no IML. “Conversamos com enfermeiros que tentaram socorrer o menino e eles nos contaram que havia fezes e sangue, o que comprova a violência sexual antes da necropsia”, disse o delegado. Fagner foi preso em flagrante por tráfico de drogas e indiciado por maus-tratos, homicídio e atentado violento ao pudor.

Mãe

A mãe do bebê, a vendedora Caroline Kemmer Pinheiro, 20, também pode ser presa. De acordo com o delegado, ela será novamente intimada a prestar depoimentos.

Caso continue negando ajuda à polícia, com informações sobre Fagner, poderá ter a prisão temporária decretada. “Acredito que ela foi omissa. Sabia que o filho era espancado e não fez nada”, disse o delegado.

Fagner está preso no Centro de Triagem 2. Foi preso em flagrante na quarta-feira, depois que a polícia apurou a causa da morte da criança e descobriu que era ele quem passava o dia em casa com o enteado. Fagner negou todas as acusações e alegou que “dava apenas umas palmadinhas no bumbum e na mão quando ele fazia manha”.