Delegado-geral fala sobre caso de pedofilia e extorsão

O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Jorge Azôr Pinto, manifestou-se ontem, pela primeira vez, sobre a quadrilha formada por policiais que aliciava meninas de 11 a 14 anos, em escolas públicas de Curitiba, para oferecê-las a pedófilos e depois extorqui-los. Lamentando o episódio, ele negou que tivesse tido conhecimento ou qualquer participação no caso e deixou bem claro que todas as investigações estão a cargo da Corregedoria da Polícia Civil. “Na verdade, nem tenho muitas informações, porque a corregedoria é que vai tomar todas as providências necessárias”, assegurou.

Falando com tranqüilidade, Azôr rebateu denúncias de que poderia ter ligações com o episódio. Ele chegou a ser apontado como namorado de Luciana Polerá Correia Cardoso, 21 anos, acusada de arregimentar as garotinhas para os programas amorosos. Ela tem prisão temporária decretada e está foragida. “Não sou nem nunca fui namorado de Luciana. Eu a conheço desde pequena”, comentou.

A foragida tem estreitas ligações com os meios policiais. Ela é enteada do investigador Eugênio -superintendente da delegacia de Ipanema (litoral do Estado); filha de uma policial civil e neta de outro investigador já aposentado. Eugênio, durante anos, foi o braço direito de Azôr, quando ele atuava em delegacias e distritos da capital, antes de ser escolhido para o cargo de delegado-geral.

Sem samba

Outra informação que aproximava Azôr dos envolvidos com o escândalo, era a participação de um funcionário administrativo do 12.º Distrito Policial (Santa Felicidade), que trabalhava em cargo em comissão (9C), e também é músico do grupo CPI do Samba, cujo cantor é o delegado-geral.

Azôr esclareceu que canta no CPI do Samba por hobby e sua ligação com os demais membros do conjunto é apenas musical. “O grupo é formado por músicos profissionais. Todos vivem da música, menos eu, que faço disso um prazer e só vou cantar com o pessoal quando tenho tempo, e o que tinha um cargo na delegacia”, explicou. O funcionário e músico já está preso e, de acordo com Azôr, foi exonerado do cargo em comissão. Provavelmente, também perderá sua vaga no grupo de sambistas.

Ausência

O delegado-geral também explicou sua ausência na entrevista coletiva de sexta-feira passada, em que o secretário Luiz Fernando Delazari – da Segurança Pública – anunciou a prisão de 11 envolvidos na trama (mas não citou seus nomes). “Eu estava trabalhando no interior do Estado, participando da Operação Centopéia. Por isso não estive na coletiva”, justificou.

O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Jorge Azôr Pinto, manifestou-se ontem, pela primeira vez, sobre a quadrilha formada por policiais que aliciava meninas de 11 a 14 anos, em escolas públicas de Curitiba, para oferecê-las a pedófilos e depois extorqui-los. Lamentando o episódio, ele negou que tivesse tido conhecimento ou qualquer participação no caso e deixou bem claro que todas as investigações estão a cargo da Corregedoria da Polícia Civil. “Na verdade, nem tenho muitas informações, porque a corregedoria é que vai tomar todas as providências necessárias”, assegurou.

Falando com tranqüilidade, Azôr rebateu denúncias de que poderia ter ligações com o episódio. Ele chegou a ser apontado como namorado de Luciana Polerá Correia Cardoso, 21 anos, acusada de arregimentar as garotinhas para os programas amorosos. Ela tem prisão temporária decretada e está foragida. “Não sou nem nunca fui namorado de Luciana. Eu a conheço desde pequena”, comentou.

A foragida tem estreitas ligações com os meios policiais. Ela é enteada do investigador Eugênio -superintendente da delegacia de Ipanema (litoral do Estado); filha de uma policial civil e neta de outro investigador já aposentado. Eugênio, durante anos, foi o braço direito de Azôr, quando ele atuava em delegacias e distritos da capital, antes de ser escolhido para o cargo de delegado-geral.

Sem samba

Outra informação que aproximava Azôr dos envolvidos com o escândalo, era a participação de um funcionário administrativo do 12.º Distrito Policial (Santa Felicidade), que trabalhava em cargo em comissão (9C), e também é músico do grupo CPI do Samba, cujo cantor é o delegado-geral.

Azôr esclareceu que canta no CPI do Samba por hobby e sua ligação com os demais membros do conjunto é apenas musical. “O grupo é formado por músicos profissionais. Todos vivem da música, menos eu, que faço disso um prazer e só vou cantar com o pessoal quando tenho tempo, e o que tinha um cargo na delegacia”, explicou. O funcionário e músico já está preso e, de acordo com Azôr, foi exonerado do cargo em comissão. Provavelmente, também perderá sua vaga no grupo de sambistas.

Ausência

O delegado-geral também explicou sua ausência na entrevista coletiva de sexta-feira passada, em que o secretário Luiz Fernando Delazari – da Segurança Pública – anunciou a prisão de 11 envolvidos na trama (mas não citou seus nomes). “Eu estava trabalhando no interior do Estado, participando da Operação Centopéia. Por isso não estive na coletiva”, justificou.

Dois acusados vão se apresentar

Dois policiais do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer), acusados de envolvimento na rede de pedofilia associada a extorsões devem se apresentar à Corregedoria da Polícia Civil. O advogado César Zerbini, defensor do investigador Richard Dide, confirmou, ontem, que vai apresentar seu cliente. “Ele não tem envolvimento nenhum com este caso e iremos provar isto”, salientou Zerbini, preferindo não dizer o dia e a hora que irá acompanhar o investigador até a Corregedoria.

Richard e o outro policial, ex-superintendente do distrito, estão com prisões temporárias decretadas pela justiça por 30 dias. “Como o crime é contra menor de 12 anos é considerado hediondo, por isto é permitida a decretação da prisão temporária por 30 dias, que é prorrogável por mais 30”, explicou Zerbini. Além desses dois, ainda estão foragidos um policial, também do 7.º DP, uma advogada e Luciana Polerá Correia Cardoso.

Prisões

Na última sexta-feira, dois delegados, seis investigadores, um escrivão e dois agentes administrativos tiveram seus mandados de prisão temporária decretados e foram presos. Os delegados foram recolhidos no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Já os outros policiais e agentes administrativos foram removidos para o centro de Triagem II, em Piraquara.

Esquema

De acordo com a acusação, Luciana aliciava meninas com idade entre 11 e 14 anos, e promovia encontros amorosos com empresários selecionados pela internet. As denúncias são de que os encontros entre as garotas e o pedófilo eram marcados em num motel ou apartamento. Quando todos estavam nus, uma das meninas ia ao banheiro. Seria o sinal para que Luciana chamasse os policiais civis, que já aguardavam no local. Eles invadiam o cômodo e exigiam entre R$ 5 e R$ 35 mil para não efetuar as prisões.

No dia 28 de abril, um engenheiro foi levado ao 4.º DP, e não aceitou pagar o valor. Ele avisou o filho, que denunciou o caso à Corregedoria. O flagrante foi feito e as investigações apontaram o envolvimento de policiais do 4.º Distrito (São Lourenço), 7.º (Vila Hauer) e 12.º (Santa Felicidade)

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna