O delegado de Cerro Azul, Germino Marques Bonfim Filho, que matou Gilberto Ribeiro, 36 anos, com um tiro durante abordagem policial, na noite de sexta-feira, foi ouvido na delegacia de Rio Branco do Sul, onde inquérito foi instaurado.
Germino alegou que atirou porque Gilberto se movimentou para pegar um objeto na cintura, que aparentava ser uma arma, e não obedeceu à ordem de levantar as mãos. Depois do tiro, verificou-se que ele levava um estilingue na cintura.
De acordo com o delegado Kleudson Moreira Tavares, que preside o inquérito, a abordagem fazia parte da operação das Polícias Civil e Militar de Cerro Azul, em decorrência da Festa da Padroeira.
Na noite de sexta-feira, após vistoriar o centro da cidade, os policiais foram para os bairros e abordaram cinco homens na Rua Benjamim Constant. “Policiais militares abordaram quatro deles, enquanto o delegado se aproximou de Gilberto”, relatou Kleudson.
O suspeito carregava uma sacola plástica e uma garrafa nas mãos. “Ao ser abordado, ele largou os objetos no chão e levou a mão direita à cintura. O delegado acompanhou o movimento e percebeu que havia um objeto de madeira. Devido à pouca luminosidade, acreditou que pudesse ser a coronha de um revólver”, disse Kleudson. “Como Gilberto não interrompeu o movimento, Germino se viu obrigado a atirar”, completou. Gilberto foi atingido no braço por um tiro de calibre 12.
Além do inquérito instaurado na delegacia de Rio Branco do Sul, a Corregedoria da Polícia Civil iniciou procedimento administrativo para apurar se houve falha na operação. O delegado Kleudson informou que os quatro homens que foram abordados pela PM deverão ser identificados e ouvidos na seqüência.