O delegado Danilo Sesto, encarregado do caso do atropelamento das 13 pessoas em Ponta Grossa, ouviu ontem algumas vítimas e testemunhas do acidente. A conclusão que chegou foi a de que ?o cara (o motorista, Mário José de Carvalho, de 32 anos) estava muito louco. Não há apenas culpa. Analisando os depoimentos, o meu entendimento é que se trata de homicídio doloso, por dolo eventual, por isso estou pedindo a prisão preventiva?, explica o delegado.
Segundo o delegado, as pessoas contaram que Carvalho estava em alta velocidade numa estrada estreita, embriagado e invadiu a pista contrária. Quando atingiu as pessoas, o carro ?morreu? sobre as pessoas, mas o motorista deu partida novamente, fez manobras para deixar o local, ainda sobre as vítimas, e, na fuga, quase atingiu um casal de motoqueiros. ?É dolo eventual, no mínimo. Estou achando que pode até passar a ser caracterizado como homicídio consciente, diante de todas as ações do motorista. Vai depender do entendimento do Ministério Público?, explica Danilo Sesto. O delegado está aguardando os laudos e ouvirá mais pessoas. Ele espera que o juiz concorde e que Mário José de Carvalho responda ao processo em detenção.
O pai de um dos adolescentes que morreu no acidente diz já estar correndo atrás das medidas judiciais. ?Já estamos entrando com uma junta para dar entrada no processo?, afirma Marcos Danilo Gonçalves, pai de Guilherme Gonçalves, de 13 anos. Dois adolescentes continuam internados no Hospital Bom Jesus, em Ponta Grossa, um deles na UTI.
Outro
Em Foz do Iguaçu, o motorista de uma caminhonete atropelou e matou uma criança, fugindo sem prestar socorro. Ele já foi identificado pela polícia. As vítimas foram dois irmãos, que voltavam da escola e caminhavam pela calçada. Rodrigo da Cruz, 8 anos, morreu na hora. Anderson Francisco da Cruz, 5 anos, está na UTI, em estado grave. Sofreu traumatismo craniano e respira com a ajuda de aparelhos. Os médicos estão fazendo uma série de exames no menino, que talvez precise de uma cirurgia no cérebro.
