Pelo menos 15 vítimas da taróloga Danielle Gaich Nicolitz, 33 anos, presa terça-feira no Batel, procuraram a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) para denunciá-la. É tanta gente, que a delegacia tem depoimentos marcados até para a metade da semana que vem. Das pessoas que já foram ouvidas, o golpe da falsa taróloga já superou R$ 1 milhão.
O delegado Matheus Laiola, da Dedc, contou que há muitas vítimas que, por vergonha, não vão à delegacia. É o caso de uma mulher que telefonou ontem ao delegado, dizendo que deu mais de R$ 100 mil à vidente. Sem se identificar, ela disse que era uma pessoa pública e por isto ela não iria dar queixa.
Esclarecimento
A Federação Umbandista do Estado do Paraná (FUEP) encaminhou nota à Tribuna, informando que as pessoas investigadas com Danielle – CEYJ, DBS, Cleyde Mara Yvanovich, e CEY – nunca tiveram qualquer relação com a FUEP. Apesar disto, D. se diz presidente de uma entidade chamada Conselho Mediúnico do Brasil – Federação Paranaense de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiro (Cebras), que possui até site na internet.
Utilidade pública
O vice-presidente da FUEP, Marcos Boeing, que assina a nota, diz que a Federação orienta seus associados a nunca cobrarem pelas consultas, atendimentos e trabalhos, já que a umbanda é caridade reconhecida por lei como de utilidade pública. Também coíbe qualquer ação que implique em malefício ou prejuízo a alguém, como os casos atendidos por Danielle em sua residência, de “amarração” ou separação de casais.
Atualização
“Ainda, de acordo com o já analisado, tem-se que os réus C.E.Y., C.EY.J. e D.B.S. não tiveram envolvimento com o crime em comento”, tendo sido condenadas apenas Danielle Gaich Nicolitz e Cleidy Mara Yovanovich.