Sobre efetivo, Recalcatti diz que a quantidade de policiais lotados na Delegacia de Homicídios é “razoável”. Mas, para atender a demanda de maneira adequada, precisa de mais gente. “Precisaria de pelo menos mais quatro cartórios. É necessário que a delegacia de homicídios tenha estrutura cartorial bastante preparada para dar o atendimento. A delegacia precisaria hoje de pelo menos mais três delegados. Estamos em cinco hoje”, afirma o delegado.
A Delegacia de Homicídios possui, dentro da equipe, 15 investigadores novos. Alguns deles não concluíram a formação específica da Polícia Civil. Os mais jovens ficam mais nos trabalhos internos da delegacia e acompanham os profissionais mais experientes na rua. Recalcatti acredita que tenha um lado bom disto: pode-se lapidar este policial para as especificidades do trabalho em homicídios. Mas ele reconhece que precisava de mais experiência policial.
“Policial tem que ter uma preparação para trabalhar na Delegacia de Homicídios. Você não pode colocar nos plantões, policiais que trabalhem como em um distrito. É preciso formação para entender o familiar da vítima”, avalia Recalcatti. Ele defende a criação de um quadro especial próprio para a Delegacia de Homicídios, para evitar o constante remanejamento de policiais entre as delegacias.
Para Recalcatti, o governo do Estado está demonstrando muito interesse em resolver os problemas da Polícia Civil. Ele lembra que a corporação vem sofrendo um processo de “diminuição” há vários anos. E que a contração de policiais e delegados e a prometida melhora na estrutura serão muito bem vindas. (JC)