O delegado da Subdivisão Policial de Maringá, José Aparecido Jacovós, e seu irmão, Rubens Adelino Jacovós – que exercia a função de superintendente na mesma delegacia -, foram afastados ontem, por determinação do secretário da Segurança Pública, José Tavares. Ambos foram denunciados por um comerciante da região, acusados de extorsão e venda de um motor de procedência ilícita. A denúncia foi feita ao Ministério Público e está sendo apurada pelo promotor Laércio de Almeida.

O comerciante Evaristo Nunes de Andrade – que seria dono de desmanches na região – é quem teria procurado o MP para denunciar os policiais. A informação foi transmitida também para a Corregedoria da Polícia Civil, que abriu procedimento administrativo para investigar os fatos. Os irmãos Jacovós deverão ficar em Curitiba, na Divisão Policial do Interior (DPI), até que tudo seja devidamente apurado. Anteriormente o mesmo comerciante já havia denunciado dois outros policiais e um radialista também por extorsão. Os três chegaram a ser presos, mas já foram colocados em liberdade. Agora Andrade voltou ao Ministério Público e denunciou o delegado e seu irmão.

A denúncia causou surpresa na cúpula da Polícia Civil, uma vez que o delegado chegou a ser homenageado pela Câmara Municipal de Maringá por ter conseguido reduzir a criminalidade na região. Para o lugar dele foi destacado o delegado Deoclicio Detros, que estava em Astorga. E a delegacia de Astorga deverá ser assumida por um delegado da nova turma, cuja solenidade de formatura aconteceu na sexta-feira passada.

Transparência

Ontem o delegado chefe da DPI, Clóvis Galvão, afirmou que o recolhimento dos irmãos Jacovós foi uma medida preventiva, para que o Ministério Público possa fazer suas investigações de forma transparente e sem nenhuma interferência. “Não estamos pré-julgando ninguém, mas achamos melhor optar pelo recolhimento dos policiais para não acontecer nenhum transtorno”, afirmou o delegado.

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