Desde o último dia 24 de março, a Delegacia Eletrônica (www.delegaciaeletronica.pr.gov.br) está oferecendo também o serviço de registro de Boletins de Ocorrência (BOs) em casos de pessoas desaparecidas. Até o final da tarde desta segunda-feira (8), nove pessoas já haviam procurado a delegacia, mas apenas cinco BOs foram gerados.
“Funciona como os demais serviços da Delegacia Eletrônica. A pessoa faz o pedido de BO pelo site e nos envia, um policial verifica a real necessidade de se fazer o BO e se todos os dados foram preenchidos de maneira correta e o boletim é gerado e enviado para quem pediu. Quando há algo de errado, a pessoa é comunicada também”, explicou o delegado titular da Delegacia Eletrônica, Eduardo Marcelo Castella.
Castella ressaltou que no caso dos desaparecidos há uma diferença em relação aos comunicados de perda ou extravio de documento, furto ou denúncias. “A prioridade é para os casos de desaparecimento. Quando um caso desses entra no sistema, ela vai para frente da fila e é resolvido de imediato. Assim que o BO é gerado, uma mensagem SMS é enviada para o celular de plantão na delegacia responsável”, contou, explicando que nos casos envolvendo menores de 12 anos o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) fica responsável pelas investigações. “Quando são maiores de 12 anos o SMS vai para Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC). Se for no interior, vai para especializada aqui da capital e para delegacia local”, contou Castella.
O delegado explicou que, quando o BO é gerado, automaticamente os dados e a foto do desaparecido vão para o site www.desaaprecidos.pr.gov.br, assim como para página da Delegacia Eletrônica no Facebook. “Quanto mais rápido se comunica, mais rápidas as providências são tomadas”, disse, destacando que Organizações Não-Governamentais e até pessoas físicas que querem se cadastrar para receber a mensagem de que há um novo desaparecido no Paraná podem fazer isso no site da Delegacia Eletrônica.
O delegado titular da DVC, Hormínio de Paula Lima Neto, destacou que em muitos casos a comunicação rápida é de vital importância para solução dos casos. A DVC registrou cerca de 600 BOs no ano passado, sendo que 94% deles foram solucionados.
Para a delegada Daniele Serigheli, do Sicride, o serviço eletrônico abre mais possibilidades de que a comunicação do desaparecimento seja cada vez mais ágil e possa tornar a investigação mais eficiente. O Sicride foi criado em 1995. Até fevereiro, o Sicride registrou 1.370 casos de crianças desaparecidas, com a elucidação de 1.359 deles.