O governo do Estado anunciou nesta semana metas para reduzir a quantidade de homicídios dolosos (com intenção de matar) no Paraná até 2015. Atualmente, de acordo com o próprio governo, a taxa é de 30,4 casos para cada 100 mil habitantes. O objetivo é chegar daqui a quatro anos com um índice de 21,5 homicídios dolosos na mesma proporção, menor do que a média nacional.
Para isto, a administração estadual terá que investir. E muito. O governador Beto Richa já disse que vai repassar recursos “substanciais, com o aporte de mais de R$ 500 milhões por ano”. O dinheiro será destinado para medidas estruturantes dentro do programa Paraná Seguro, incluindo a contratação de policiais, construção de unidades, novas viaturas e aperfeiçoamento de sistemas.
Tudo para mudar a atual realidade da segurança pública paranaense. A Delegacia de Homicídios de Curitiba, por exemplo, enfrenta problemas diários e a vontade de trabalhar muitas vezes esbarra na estrutura deficitária. Nesta semana, houve um problema que não poderia acontecer. Uma das viaturas usadas no plantão da delegacia estava na oficina e a outra em uso. Surgiu uma situação para verificação e não tinha viatura disponível. A saída foi dar um jeitinho e pegar outro veículo para cobrir a ocorrência.
A Delegacia de Homicídios investiga os assassinatos cometidos em Curitiba, encontro de cadáveres, suicídios e ainda recebe os casos chamados de “mortes a apurar”, que somente neste ano chegaram a 1.006 até 13 de dezembro. Em 2010, foram 1.084 mortes a apurar.
Necessidades
O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, conta que a unidade está em um prédio no centro da capital que atende as necessidades diárias. Mas que deveria ser mais amplo, com uma arquitetura que tornasse o trabalho mais funcional, como acompanhar de maneira mais próxima os cartórios ou o andamento do plantão. “É necessário melhorar a estrutura material. A Delegacia de Homicídios está com as viaturas bastante antigas. Precisa urgentemente da aquisição de novas viaturas ou até mesmo da locação de viaturas”, comenta.