O cofre da Desert
Participações foi arronbado.

Acusados de praticar um roubo contra uma empresa no centro da cidade, Antônio Aparecido Raymundo, 36 anos; Edenilson Grocoski, mais conhecido como “Nhasco”, 35; o ex-policial militar Edson Mafra Lopes, também conhecido como “Tarado”, 38, e Rodrigo Carlos de Oliveira, 26, tiveram suas prisões preventivas decretadas. Segundo o delegado Gerson Machado, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, o quarteto foi reconhecido por testemunhas como responsável pelo assalto contra a empresa Desert Participações Ltda, situada na Rua Doutor Faivre, no 7.º andar de um edifício.

De acordo com as vítimas, quatro homens chegaram ao edifício na noite de 12 de setembro, ocupando o Gol placa AIC-6137 e um Ford Fiesta vermelho. Dois dos marginais, armados de revólveres e pistolas, renderam o porteiro. Em seguida o grupo arrombou a porta do escritório e o cofre, de onde retirou os R$ 132 mil, sendo que destes, R$ 4 mil eram em cheque, R$ 1 mil em moedas e o restante em cédulas.

Quadrilha

Na manhã do dia seguinte as vítimas procuraram a delegacia para registar ocorrência e investigadores localizaram o Gol, que foi usado no assalto, abandonado na Rua Pedro Gusso, no Capão Raso, em frente a uma revenda de automóveis. “Apuramos que o Edson Mafra seria vendedor de carros. Porém outras denúncias apontam que ele seria dono da loja que está em nome de laranjas”, salientou o delegado Machado.

Ele disse que o primeiro a ser identificado foi o estudante de Direito Antônio Aparecido Raymundo, 36, que deixou o xadrez de Campo Largo há pouco tempo, onde estava preso preventivamente por homicídio. Machado enfatizou que Raymundo tem uma extensa ficha criminal. “Ele responde processos nas 11.ª, 5.ª e 3.ª Varas Criminais e tem passagens pela polícia por furto, roubo, formação de quadrilha e receptação”, contou o policial. Raymundo já foi interrogado na Delegacia de Furtos e Roubos, mas negou qualquer envolvimento como o assalto, embora tenha sido visto por testemunhas duas vezes no local do crime e tenha apontado Edenilson Grocoski, vulgo “Nhasco”, como proprietário do Gol apreendido.

Ex-PM

Machado disse ainda que Edson Mafra já foi preso em 1995 sob a acusação de guardar armas e dar cobertura para uma quadrilha que praticava roubos contra bancos em Curitiba. O ex-Pm também é acusado de ter assaltado um escritório de advocacia no centro de Curitiba, em junho do ano passado, e roubado R$ 16 mil. “Por este motivo ele está com a prisão decretada pelo juiz da 10.ª Vara Criminal de Curitiba e agora a pedido nosso, pela Central de Inquéritos”, informou o delegado.

Edenilson Groccoski não tem antecedentes criminais, mas há indícios que tenha participado de outros crimes, segundo a polícia. O delegado relatou que as diligências apuraram ainda que Rodrigo Carlos de Oliveira esteve preso em 2000, por roubo, e tem contra si um mandado de prisão expedido pela Justiça de Ponta Grossa.

As investigações continuarão no sentido de apurar outros crimes cometidos pelo grupo. “Quem souber o paradeiro deles também pode nos comunicar através do telefone 262-2800 e não há necessidade de se identificar. São marginais de alta periculosidade que nas ruas colocam em risco a segurança da população”, acrescentou Machado.

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