O trabalho desenvolvido pela Delegacia da Mulher aponta para esgotamento na sua capacidade de atendimento ao público, por excesso de inquéritos. A titular da especializada, Maritza Haisi, explicou que a delegacia tem 8 mil inquéritos em andamento, mas acredita que o número chegue a 10 mil até dezembro.
Cerca de mil boletins de ocorrência chegam à DM mensalmente e entre 200 e 250 viram inquéritos. “Para deter o acúmulo de inquéritos, precisamos de seis delegados, 20 escrivães, e 28 investigadores”, assegurou Maritza. Hoje, são três delegadas, oito escrivães e 20 investigadores.
Mudanças
A delegada disse estar autorizada a alugar um prédio, em que funcionará a delegacia e o Centro de Referência (CR) em Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o que vai facilitar a orientação às pessoas que procuram a delegacia e permitir que investigadores se dediquem mais ao trabalho policial. Hoje, a DM funciona ao lado do Colégio Estadual do Paraná, na Rua Padre Antônio, Alto da Glória, o CR fica no Bom Retiro.
Outra inovação que irá beneficiar o atendimento às vítimas de violência doméstica são novos campos a serem preenchidos no boletim de ocorrência. neles serão discriminados os tipos de violência sofridos.
Maritza disse que o decreto que gerou a Delegacia da Mulher, aprovado ainda em 1986, não foi adequado à Lei Maria da Penha, o que deve acontece até o fim do ano.