Foto: Valquir Aureliano/Tribuna
Edmar denunciou o crime.

Acusada de planejar o assassinato do próprio marido, Sueli Lopes de Lima, 42 anos, foi presa por policiais de Campina Grande do Sul. A mulher alegou à polícia que pretendia apenas dar ?um castigo? em seu marido, Elício de Lima, 35 anos, porque ele costumava agredi-la, junto com os dois filhos – de 1 ano e quatro meses e de 15 anos. Edmar Pinheiro de Paula, 27 anos, e Caio Venditte Conti, 20, também são acusados de participar da trama e estão presos. Ana Paula Porto Guimarães, 23 anos, está com prisão preventiva decretada e está foragida.

continua após a publicidade

O crime só foi descoberto porque houve desentendimento entre os acusados, e Edmar registrou o boletim de ocorrência na delegacia de Itanhaém, litoral paulista, que avisou a delegacia de Campina Grande do Sul.

Trama

De acordo com as investigações, Sueli reclamou para Ana Paula que apanhava do marido junto com seus filhos, e as duas planejaram matar Elício. Ana Paula entrou em contato com Edmar, que morava no litoral paulista. Depois disso, o casal foi para Itanhaém e contratou Caio Venditte Conti para praticar o crime. No dia 1.º de setembro, Caio e Edmar vieram para Curitiba, acompanhados de uma garota de 17 anos, e três dias depois deram prosseguimento à trama.

?O plano era que a menor atraísse a vítima, mas não deu certo?, contou o delegado Douglas Vieira. Por volta da 1h da madrugada, Edmar, Caio e a garota foram até a casa de Elício, no conjunto Vitória Régia, CIC, e chamaram a vítima. Quando saiu, Elício foi colocado à força dentro do carro do trio. Para intimidar a vítima, um dos criminosos atirou para o alto. Depois, todos seguiram para a BR-116, sentido São Paulo, e executaram Elício.

Seguro

continua após a publicidade

Dias depois do crime, Edmar e Caio vieram novamente para Curitiba para cobrar de Ana Paula e Sueli o valor combinado, junto com outros dois homens. Apesar de não terem combinado um valor exato, antes do crime Sueli teria falado para Edmar que Elício teria um seguro de vida e ela era beneficiária. Além disso, também iria ficar com a casa, onde ele morava. Como as mulheres não pagaram o combinado, Caio espancou Edmar e avisou que, se o pagamento não fosse feito, iria matá-lo. Edmar ainda contou à polícia que Caio o torturou e o obrigou a beber gasolina. Além disso, o queimou com cigarros e acendedor de cigarros de veículos. Depois, Edmar foi deixado em cativeiro, enquanto o dinheiro era aguardado. Edmar conseguiu escapar e procurou a polícia para fazer a queixa do seqüestro.